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Associação Comunitária Rural de Imbituba

Associação Comunitária Rural de Imbituba
Comunidade tradicional dos Areais da Ribanceira, Imbituba, Santa Catarina
Os Areais da Ribanceira constituem uma área de 240 hectáres, localizada  no município de Imbituba, litoral centro-sul do Estado de Santa Catarina. Aqui reside um grupo de cerca de 100 famílias de agricultores e pescadores com origem açoriana e indígena, cuja presença no local remonta há aproximadamente 200 anos e marcam resistência ante o avanço da especulação imobiliária na área.
As atividades praticadas pelo grupo, perpassam o cultivo da terra, a extração de 
plantas medicinais e a pesca artesanal.  Dentre os produtos mais comuns produzidos e/ou extraídos nos Areais estão os aipins, as mandiocas e o butiá.

Em 24 de junho de 2002, a Associação Comunitária Rural de Imbituba (Acordi),
passou a representar e defender institucionalmente  os agricultores e pescadores da comunidade. Também conta com o apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de movimentos ambientalistas, associações, conselhos comunitários e sindicatos da região. Além da Igreja Católica, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento de Santa Catarina (Cidasc).
Vista aérea das roças de mandioca e milho mantidas pela comunidade Acordi. Aqui, cada família tem 
uma parcela e pode plantar a sua própria comida e vender o que sobra. Na sede da associação, acontece anualmente a Feira da Mandioca, evento de grande visibilidade para a comunidade e que foi premiado pelos BNDES/IPHAN.
“Quando era criança, plantávamos oito, dez roças de mandioca, comia tudo à base de farinha e pagava com farinha o armazém. Dava trabalho viver, mas o gosto do meu velho era ver aquele engenho funcionando e hoje eu tento manter isso. Mas fiquei sem um lugarzinho para plantar um pé de capim” agricultor Aurino de Souza.
O engenho se encontrava desativado para reformas e não tinha previsão de ser ativado em breve. Um grande telhado cobre a visão principal na hora da chegada. O contraste com o céu é quase uma poesía naquela paisagem.
Marlene Borges foi a pessoa que nos recebeu desde o início e nos contou sobre a história do lugar e 
a importância das ações realizadas anteriormente para resistir à expropriação das terras. Novamente 
a palavra “resistência” aparece num contexto onde a Mandioca faz parte do cenário principal. 
A coleta do butiá e da palha do butiazeiro representam outras importantes práticas extrativistas que ocorrem na área. A comunidade denomina de butiazeiro o pé da palmeira que 
é abundante nesta região e de butiá o fruto desta palmeira. O fruto é utilizado tanto para 
o consumo in natura quanto para o preparo de doces, geléias, sucos, cachaça, sorvetes e 
outros, que também são comercializados pela comunidade. A palha do butiazeiro também é aproveitada para a fabricação de chapéus e outros adereços, além de ser utilizada em cerimônias religiosas. (Barbosa, 2011)
“O que há de melhor no homem somente desabrocha quando se envolve em uma comunidade.” - Albert Einstein
A coexistência de espécies na natureza é um exemplo do que o ser humano precisa aprender.
Associação Comunitária Rural de Imbituba
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