HIDE, save what you want.

O uso do lenço de tecido tem vindo a desaparecer. A ideia de reutilizar o mesmo pedaço de tecido para a colheita nasal agora parece um pouco desagradável para as novas gerações e em situações formais esse mesmo lenço tem uma função unicamente estética e não funcional, sendo utilizado pelas gerações mais antigas. Foi a pensar nesse tipo de situações e pessoas que no seu dia-a-dia estão inseridos em conceitos formais que pensei na criação do “HIDE”, um porta lenços compacto, aparentemente muito semelhante á maioria dos lenços de tecido comuns, mas com a particularidade de possuir uma secção para os lenços de papel serem guardados. Neste sentido, e já que o publico alvo acaba por ser pessoas muitas vezes ligadas a negócios, poderá igualmente ter outras funcionalidades, como por exemplo guardar os cartões de contacto.“HIDE”, é representado através de diferentes contextos, temas. Natureza é um dos temas aplicados como layout do porta lenços, que através da repetição dos elementos forma uma espécie de linguagem e nos remete de alguma forma para o contexto em questão. A sua aparência pouco ou nada tem de relação com o aspecto mais formal ou mesmo com os sitios que o publico alvo frequenta, mas é precisamente esse o facto que torna “HIDE” especial, ou seja, através do seu valor estético distorcido e da desapropriação do contexto mais formal, acaba por mostrar uma outra face dos potenciais utilizadores. Esta linha de pensamento vem no seguimento de um termo de origem alemã  denominado “Kitsch” que é usado para categorizar objetos de valor estético distorcidos e/ou exagerados. São frequentemente associados a estereótipos e que não são autênticos, tomar para si valores de uma tradição cultural privilegiada.