Irreconhecível para muitos e humanizado para outros
O Batman volta as telonas cheio de provocações e comportamentos adversos para público.
por: Thiago Cristardo
A sociedade nos últimos anos vem obtendo uma maior liberdade para expressar as suas dores, e para o Batman de Matt Reeves o momento foi propício para focar nos dilemas de um “pobre menino rico”. Quem esteve presente pela primeira vez nas salas dos cinemas conheceu um herói transvestido em seus medos e com sede de justiça.
Em sua estética e fotografia Reeves apostou em um ambiente hostil e com elementos góticos, dando uma sensação de poder, algo já utilizado em diversas produções do mesmo gênero.
Reconhecer
Ao som marcante da banda Nirvana a DC apostou em debates nos problemas urbanos como a corrupção e o jogo de interesse político. As denúncias e assassinatos ficam para o personagem Charada, juntamente com suas pistas cifradas, para o telespectador levemente atento é uma tarefa fácil entender logo nos primeiros enigmas de quem o vilão busca por vingança.
Assistir as intermináveis três horas do longa, só foi possível diante do apelo que a equipe teve em narrar um novo Batman, personagem já tão conhecido e também desgastado no universo do cinema. Há uma sensação de incompreensão de quem é Bruce Wayne, ao observar nas primeiras cenas quando o Homem-Morcego entra no local do crime e nem os policiais o reconhecem. Uma saída inteligente, diga-se de passagem, a partir desse filme abre-se uma página em branco para o futuro do super-herói.
PODCAST - EXCLUSIVO com Thiago Cristardo
