De forma desinteressada nasceu o mundo, foram as condições, as circunstâncias, o ambiente, que formaram o acaso a que nós chamamos de vida. Vida essa que é a única verdade que detemos e a única que não nos dá garantia de se manter.
Por vezes somos completamente surpreendidos por um soco que vem na nossa direção para nos deitar ao chão, e é nesse momento que qual aikidoka ripostamos aproveitando e transformando a força desse ataque em nosso proveito.
Sabemos isso pois a primeira obra aqui feita foi o mais lindo navio que levará para a eternidade uma vida.
E se na vida é assim porque não deveria ser assim para as artes? Será que não é deveras preguiçoso contarmos com um plano, um projecto, um subsídio ou uma garantia
para nos lançarmos em segurança para um momento de criação? Será que o sucesso é mesmo uma palavra que pode existir à partida no arranque do processo criativo?
Nesta ordem de ideias nasce um espaço, com um ritmo próprio, cheio de tempos e contratempos, ritmo esse que nunca foi nem será orquestrado por ninguém a não ser por aqueles que o ouvem.
Nasce um espaço com um plano de intercessão que não será passível de ser desenhado mas sempre passível de ser feito confiando na curiosidade intrínseca do artista que vem para ser quem ele é no mundo dele, no nosso e no dos outros.
Nasce um espaço que é um manifesto da minha loucura, com a tua, e a dele e a do outro. Onde a interartisticidade possível é toda aquela que pudermos e quisermos criar.
As nossas salas, as nossas paredes, os objectos, as paisagens e tudo mais que para aqui está vive ainda na era pós big bang, crua e inocente.
São pontos de partida, ecossistemas em formação, bactérias e bolores ainda em desenvolvimento, são as entranhas profundas daquele que vai ser o maior centro independente artístico da região.
Pucarinha 2018© para 'Revista Fome' sobre Amaro Creative Industries, Palmela
Por vezes somos completamente surpreendidos por um soco que vem na nossa direção para nos deitar ao chão, e é nesse momento que qual aikidoka ripostamos aproveitando e transformando a força desse ataque em nosso proveito.
Sabemos isso pois a primeira obra aqui feita foi o mais lindo navio que levará para a eternidade uma vida.
E se na vida é assim porque não deveria ser assim para as artes? Será que não é deveras preguiçoso contarmos com um plano, um projecto, um subsídio ou uma garantia
para nos lançarmos em segurança para um momento de criação? Será que o sucesso é mesmo uma palavra que pode existir à partida no arranque do processo criativo?
Nesta ordem de ideias nasce um espaço, com um ritmo próprio, cheio de tempos e contratempos, ritmo esse que nunca foi nem será orquestrado por ninguém a não ser por aqueles que o ouvem.
Nasce um espaço com um plano de intercessão que não será passível de ser desenhado mas sempre passível de ser feito confiando na curiosidade intrínseca do artista que vem para ser quem ele é no mundo dele, no nosso e no dos outros.
Nasce um espaço que é um manifesto da minha loucura, com a tua, e a dele e a do outro. Onde a interartisticidade possível é toda aquela que pudermos e quisermos criar.
As nossas salas, as nossas paredes, os objectos, as paisagens e tudo mais que para aqui está vive ainda na era pós big bang, crua e inocente.
São pontos de partida, ecossistemas em formação, bactérias e bolores ainda em desenvolvimento, são as entranhas profundas daquele que vai ser o maior centro independente artístico da região.
Pucarinha 2018© para 'Revista Fome' sobre Amaro Creative Industries, Palmela
Writing, Photographs and Graphic Design.
Edited and Published by Revista FOmE, Vol.I
Edited and Published by Revista FOmE, Vol.I
