Amanhã é o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, e a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo lançou uma campanha que visa informar e trazer à luz vários questionamentos da sociedade sobre essa doença tão estigmatizada na sociedade.

Como designer, o maior desafio de uma campanha dessas é sua abordagem visual, o Alzheimer é quase sempre retratado como uma espécie de esvaziamento, as imagens que acompanham notícias e artigos mostram pessoas em situação de dor e sofrimento, cabeças cheias de pontos de interrogação, quebra-cabeças, deterioração e abandono.

Nossa ideia foi ressignificar os elementos que acompanham a doença utilizando como base vanguarda artística que mais tem relação com as pluralidades mentais, o surrealismo.
Baseados em três pinturas específicas do artista belga René Magritte (1898/1967), um dos nomes mais conhecidos do movimento, colocamos pessoas idosas como os personagens principais de suas obras O Filho do Homem (1964), O Professor (1954) e O Olhar Distante (1927).

Como neto de pessoa com Alzheimer, me senti particularmente atingido por este trabalho, inúmeras questões relacionadas ao envelhecimento surgiram durante este período pandêmico: o medo inicial de perder nossos idosos por representarem o grupo de maior risco, a distância e o isolamento que tivemos que passar como família para sua proteção, entre outros temores que jamais nos abandonam neste período tão difícil para ser lúcido.

Leiam, se relacionem, apostem no ômega 3, façam exercícios e sigam.
Que todos possamos chegar lá!
ALZHEIMER 2021
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