O tempo nos engole
Em junho passado (2020), exatamente um ano atrás, fiz esse vídeo que só agora publico, sem saber se deixarei um ano ou algumas horas. E o faço agora talvez por conta do efeito anestesiador do tempo. Talvez por não doer tanto agora como naquele momento. Ou simplesmente por o sentimento agora ser diferente.
Em junho passado (2020), exatamente um ano atrás, fiz esse vídeo que só agora publico, sem saber se deixarei um ano ou algumas horas. E o faço agora talvez por conta do efeito anestesiador do tempo. Talvez por não doer tanto agora como naquele momento. Ou simplesmente por o sentimento agora ser diferente.
Eram os primeiros meses de quarentena. Era inferno astral por mais um ciclo de se completando, era saudade que não acabava mais. Era CNN todo dia. Era tristeza por George Floyd. Era nossa política nos ferrando todo dia (e ainda é).
Posto agora talvez pelo mesmo motivo de o ter feito. Porque preciso. Porque arte é respiro, ainda mais quando a ferida arde. Para não explodir, para dizer o que precisa sair. Para olhar a fraqueza e ganhar força.
Mergulhado naqueles meses em meu interior, na internet, nos noticiários, nos medos e saudades, o chamei de "PUTZ!", essa interjeição que já diz tudo. E mesmo com o tempo varrendo tudo porta a fora, é um PUTZ! que continua aqui, ecoando.
Posto agora talvez pelo mesmo motivo de o ter feito. Porque preciso. Porque arte é respiro, ainda mais quando a ferida arde. Para não explodir, para dizer o que precisa sair. Para olhar a fraqueza e ganhar força.
Mergulhado naqueles meses em meu interior, na internet, nos noticiários, nos medos e saudades, o chamei de "PUTZ!", essa interjeição que já diz tudo. E mesmo com o tempo varrendo tudo porta a fora, é um PUTZ! que continua aqui, ecoando.
Gsé
