“No que usamos, comemos, vestimos, na maneira como nos divertimos, há uma colaboração anônima, que vem de milênios.” Câmara Cascudo
Um pote grande de metal com a tampa um pouco difícil de abrir. Dentro dele grãos de arroz e... pão. Minha memória do pote de arroz da casa dos meus pais é essa. Pra mim é normal, tipo, em pote de arroz sempre tem pão dentro. Não lembro quando eu soube que era o pão bento de Santo Antônio, distribuído na igreja no dia 13, e que minha mãe, seguindo a tradição da minha avó, colocava no arroz pra não faltar alimento em casa.
Minha avó era devota de Santo Antônio. Há uns anos estive na Bahia passando o dia 13 na cidade dela e ajudei a organizar a novena, agora feita por minhas tias, na casa dela. Desse dia eu lembro de rir muito, cansar de amarrar sacos com pão pra distribuir e de ficar impressionada com a quantidade de comida feita pra geral comer depois das orações todas. O Recôncavo Baiano é conhecido, entre outras coisas, pelo sincretismo, sobretudo entre as religiões de matriz africana e o cristianismo. E é interessante essa lógica da devoção que passa também pela distribuição, abundância, celebração e pela festa.
Um pote grande de metal com a tampa um pouco difícil de abrir. Dentro dele grãos de arroz e... pão. Minha memória do pote de arroz da casa dos meus pais é essa. Pra mim é normal, tipo, em pote de arroz sempre tem pão dentro. Não lembro quando eu soube que era o pão bento de Santo Antônio, distribuído na igreja no dia 13, e que minha mãe, seguindo a tradição da minha avó, colocava no arroz pra não faltar alimento em casa.
Minha avó era devota de Santo Antônio. Há uns anos estive na Bahia passando o dia 13 na cidade dela e ajudei a organizar a novena, agora feita por minhas tias, na casa dela. Desse dia eu lembro de rir muito, cansar de amarrar sacos com pão pra distribuir e de ficar impressionada com a quantidade de comida feita pra geral comer depois das orações todas. O Recôncavo Baiano é conhecido, entre outras coisas, pelo sincretismo, sobretudo entre as religiões de matriz africana e o cristianismo. E é interessante essa lógica da devoção que passa também pela distribuição, abundância, celebração e pela festa.
Viva Santo Antônio! Que não falte saúde, comida no prato, fé e festa. Para todesss!
Saúde que foge
Volta por outro caminho
Amor que se perde
Nasce outro no ninho
Maldade que vem e vai
Vira flor na alegria
Trezena de junho
É tempo sagrado
Na minha Bahia
Que seria de mim, meu Deus
Sem a fé em Antônio
Que seria de mim, meu Deus
Sem a fé em Antônio