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O Diário do Naturalismo 3° Postagem

Bom dia Diário!

    Aqui estamos, para mais um dia de conhecimento, como é bom ter esse espaço para utilizar o meu diário. Nele citei assuntos que foram e ainda são importantes, expressei minhas opiniões, eu aprofundei o meu conhecimento sobre essas obras, pois até hoje são consideradas "tabus", obras que fazem existir debates por ter assuntos polêmicos, um deles é a homossexualidade, que na época deixavam a sociedade “horrorizada”.

   Anteriormente nas minhas publicações, o assunto foi sobre Émile Zola e sobre sua Grande Obra “Germinal” e Aça de Queirós e sobre sua tão aclamada Obra “o crime do Padre Amaro”. Tão importantes para a nossa literatura, todos os jovens deveriam ler e assistir os filmes, para assim, compreender um pouco mais sobre a cultura do Naturalismo.

   Hoje vamos falar de outros escritores que também são importantes para a Literatura Portuguesa. 
   Abel Botelho, um escritor Português e sobre seu “polêmico” livro “O Barão de Lavos” que foi publicado em 1891, integrado na trilogia (Patologia Social), este livro retrata o tema da homossexualidade e a pedofilia, tendo, inclusive, para alguns, o mérito de ser a primeira obra a retratar aqueles temas.

                                Resenha do livro:

    Sebastião, o barão de Lavos, seduz Eugénio, um vendedor de cautelas do Passeio público. Põe-no por conta numa casa que possui, mas acaba se apaixonando pelo jovem. Quando este começa a sentir mais à vontade, inicia-se a explorar financeiramente o barão. Este cada vez mais envolvido, traz Eugénio para o seu círculo social. A proximidade com a baronesa, esposa de Sebastião, cria nesta e no jovem uma atração, e os dois tornam-se amantes. Quando o barão os descobre, começa a sua queda vertiginosa, em que acabará arruinado e morto por jovens delinquentes.


   À época da primeira edição, o escândalo e atração em relação ao livro deviam-se ao primeiro dos temas. Além disso, Eugénio tem 16 anos, e no final do livro o autor informa que as preferências dele mudaram, preferindo "(..) tipos de músculo e de força, dos marujos, dos militares e dos cocheiros." 
   O livro apresenta o homossexualismo do protagonista como uma doença, com causas como a origem ilegítima da família e os males da vida e sociedade.

                                 Analise Moderna:

    Existe um artigo pelo historiador da Literatura Portuguesa, Robert Howes, a respeito do romance. Estabelece e explica a relação entre o livro e o escândalo contemporâneo envolvendo as "excentricidades" (como foram referenciadas as suas aventuras homossexuais) do 2.º Marquês de Velada Foi publicado na revista inglesa Sexualidade em 2002.

Conclusão:

    Em minha pesquisa sobre o livro, algumas características de Botelho me agradou muito, que é a de não atenuar a realidade.
    A sociedade Portuguesa do século XIX foi escalpelizada, não fosse Botelho médico de formação.
   Creio que o livro não se trata apenas da homossexualidade, mas também sobre a hipocrisia da sociedade, do dinheiro e do estatuto social, na minha opinião. A sociedade que, conhecendo o vício do Barão aceita como ele é, mas acaba ignorando quando ele perde o seu dinheiro. A sociedade releva todo o seu modo de vida e a maneira de ser, as normas morais parecem ser muito relativas. Nem as mulheres casadas e o adultério parece importar quando o tema é homossexualidade, não é? Hipocrisia.
   Gostei muito do livro e de ter pesquisado mais sobre o assunto.
   Nem todo mundo gostou do livro, (se todo mundo gostasse o quão entediante seria, né?).

Fonte:

NATURALISMO EM PORTUGAL |Literatura Portuguesa. Toda matéria: Conteúdo escolares, 2011. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/naturalismo-em-portugal/ Acesso em: 28 de março 2021.
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