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17º bienal de Cerveira / Cerveira Bienalle

​Outside(rs) Overtheground proposal – the Art Inside-Out
Arte Contemporânea em Espaços Públicos- Curadoria de:  Manuel Sampaio Taborda
 
A natureza do processo criativo de Alexandre Rola assenta na apropriação, descontextualização e reinterpretação de objectos humildes e pouco convencionais existentes no quotidiano.
Neste caso especifico, o autor recorre a cápsulas de café vazias para as transformar em “Pixels”, originando uma imagem específica onde há uma diluição do conteúdo narrativo em relação a imagem pintada original, uma espécie de simulacro da imagem inicial.
 
Várias questões são levantadas como a questão da percepção. Há uma exploração das diferentes noções de percepção da realidade.
Há uma interacção com o observador / espaço através de um jogo de percepção em que a imagem quando o observador está próximo é abstracta e com o seu afastamento o “Pixel” dissolve-se e a imagem revela-se, havendo uma dualidade entre o abstrato e imagem descodificada. Há igualmente um apelo tátil da sua malha de pixels.
 
Na história de arte encontramos vários exemplos que poderão ter influenciado o artista como é o caso de alguns azulejos da antiguidade Clássica. o pontilhismo de Seurat, algumas obras de Gustav Klimt como o retrato de Adele Bloch-Bauer I ou até alguns retratos de Chuck Close.
Neste caso especifico, há uma apropriação da tela conhecida como o “Menino da lágrima”. Uma obra que habitou muitas casas portuguesas e que Portugal acolheu como fazendo parte da sua cultura. Com este icon pretendo fazer um paralelismo com  o estado em que o país se encontra e as dificuldades presentes das famílias portuguesas.
O título, “Lágrimas de Portugal” remete para o poema “Mar Português” de Fernando Pessoa
 
Alexandre Rola
 
17º bienal de Cerveira / Cerveira Bienalle
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