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Coleção George Orwell



Coleção George Orwell

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PT
Capas, caixa e projeto gráfico da coleção.

O projeto da Cia. era para uma edição com vários textos que percorriam a recepção dos títulos através de cada década. Isso nos levou a perguntar qual seria um comentário possível na atual conjuntura brasileira. Acabamos optando por um comentário visual: cada edição é aberta com um ensaio visual assinado por duas artistas brasileiras - Regina Silveira e Vânia Mignone.

O projeto gráfico anterior das edições do Orwell na Companhia das Letras havia sido feito pela Máquina. Foi ótimo voltar ao autor depois de 15 anos. Para essa edição especial, nós pensamos num livro muito mais maduro, para outro público. Fizemos um paralelo com a fortuna crítica e pensamos também numa linha do tempo de capas das obras. Cada publicação conta com 14 capas de diferentes países e diferentes momentos históricos. É muito interessante ver como as capas vão se transformando e se adaptando a cada contexto cultural. Aqui, a atemporalidade e universalidade da obra de Orwell transparecem. 

Durante o desenho do projeto percebemos que o 1984 era o principal terreno para estabelecer essa conexão.

Desde o início a Regina Silveira foi nossa primeira escolha para o 1984. Nos primeiros rascunhos o ensaio visual era estruturado através das fotografias da série Plugged (2011). Posteriormente, em visita ao ateliê da artista, entramos em contato com as serigrafias das séries Destruturas Executivas (1975) e Armadilha para Executivos (1975). Os dois conjuntos caíram como uma luva para o clima dessa edição, eles transportam a atmosfera da narrativa e introduzem o leitor ao universo distópico de Orwell. Além desses trabalhos, cada capítulo da obra é acompanhado de um labirinto da série '15 Laberintos' (1971).

Somos grandes admiradores do trabalho da Vânia Mignone. Suas imagens têm uma carga poética muito intensa e há uma relação forte com os animais. O universo de suas obras conversava muito com a leitura que fIzemos do A Fazenda dos Animais hoje. Já desenvolvido durante o isolamento social o processo foi ligeiramente diferente. Desde o início ela se entusiasmou com o projeto. Mandamos o 1984 e ela viu o cuidado com o qual tratamos o trabalho da Regina. Nossa ideia inicial era usar um material já pronto, mas logo ela sugeriu fazer um trabalho original. O ponto de partida foi pensar nas pinturas como comentários visuais das obras e não como uma ilustração. 8 pinturas fazem parte desse ensaio, os cenários criados por Vânia expandem a literatura de Orwell e coroam essa edição.
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EN
Graphic project, box and covers of the collection.

The editorial project Companhia das Letras was for an edition with several texts that went through the reception of the titles through each decade. This led us to ask what would be a possible comment in the current Brazilian situation. We ended up opting for a visual comment: each edition is opened with a visual essay signed by two Brazilian artists - Regina Silveira and Vânia Mignone.

The previous graphic design of the Orwell editions at Companhia das Letras had been done by Máquina also. It was great to be back to the author after 15 years. For this special edition, we thought of a much more mature book, for another audience. We made a parallel with the critical fortune and we also thought about a timeline of covers of other editions. Each publication has 14 covers from different countries and different historical moments. It is very interesting to see how covers changes and adapt to each cultural context. Here, the timelessness and universality of Orwell's work is apparent.
During the design of the project, we realized that 1984 was the main ground for establishing this connection.

Regina Silveira was our first choice for 1984. In the first sketches, the visual essay was structured through photographs from the Plugged series (2011). Later, in a visit to the artist's studio, we got in touch with the serigraphs of the series Executive Destructures (1975) and Trap for Executives (1975). The two sets fit the mood of this edition, they transport the atmosphere of the narrative and introduce the reader to Orwell's dystopian universe. In addition to these works, each chapter of the work is accompanied by a maze from the 15 Laberintos series (1971).

We are great admirers of Vânia Mignone's work. Her images have a very intense poetic charge and there is a strong relationship with animals. Her universe of works talked a lot with the reading we did of Animal Farm (Fazenda dos animais) today. Already developed during social isolation, the process was slightly different. From the beginning she was enthusiastic about the project. We sent 1984 and she saw the care with which we treated Regina's work. Our initial idea was to use already produced material, but soon she suggested doing an original work. The starting point was to think of the paintings as visual comments on the text and not as an illustration. 8 paintings are part of this essay, the sceneries created by Vânia expand Orwell's literature and crown this edition.

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Design 
Kiko Farkas, Felipe Sabatini
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Fotos [Photos]
Rodrigo Lins


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