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Entrevista com o Vampiro e comunicação visual

O trabalho apresentado a baixo foi proposto para a matéria de Linguagem e comunicação visual, ministrada pela professora Cristine Nogueira Nunes. A partir da escolha de um filme marcante em nossa vida, deveríamos usá-lo como base para explorarmos alguns dos fundamentos da comunicação visual, criando uma peça gráfica para cada um destes, como discriminado a baixo.

O filme escolhido foi "Entrevista com o Vampiro", de Neil Jordan, baseado na obra de mesmo nome de Anne Rice;


Ponto, Linha Plano
A partir do fundamento de "Ponto, linha, plano", esse mapa conta a história de Louis e Lestat, dois dos três protagonistas do filme, até seu fatídico encontro no cemitério, ainda nas primeiras cenas do longa.
Ritmo e Equilíbrio
Para "Ritmo e Equilíbrio", criei dois figurinos, uma para Louis e outro para a cena final de Claudia. Decidi fazer figurinos para um balé fictício, uma vez que os personagens já haviam sido representados em literatura, sua fonte original, cinema e teatro, na forma de um musical. Desse modo, tente criar figurinos para uma mídia para a qual os personagens ainda não teriam sido adaptados. 
Modularidade e grid
Aqui criei um mosaico. Busquei três cenas do filme, que representassem cada um algum tema significativo para a narrativa e recortei um pequeno quadrado de cada uma delas. Depois, tentei por ordem neles, de modo a contar a história ou ao menos parte da história do longa. As imagens e os significados foram, nessa ordem: Maldição, sangue e redenção. 
Claudia representando a maldição. Na cena, ela questiona a Louis e Lestat quem a fez "como é", ou seja, uma vampira
Representando o sangue, temos uma das vitimas de Lestat. Quando nota o que está havendo ela implora para que a deixem viver ou ao menos para ver um padre e se confessar. Assim aqui o sangue não representa apenas o alimento dos vampiros, como também a vida que eles já não tem e precisam roubar para se manter. 
Como redenção temos a cena de vingança de Louis. Não se trata de uma redenção completa, sendo mais uma aceitação: enfim Louis aceita sua situação como vampiro, mesmo que com amargura. 
Desse modo o mosaico mostra a maldição do "beijo das trevas", como eles chamam a transformação em vampiro, aparece no meio, mesclada todo o tempo com o sangue. Por fim há uma redenção, mas ela não é completa: sozinho e ainda amargurado, Louis aceita seu ser vampiro, mas ainda deve se alimentar da vida alheia e não conseguiu, até onde vemos, encontrar real felicidade em ser o que é. 
Diagrama
Aqui fiz um diagrama que mostra o número de vampiros vivos e conhecidos no filme, marcando com a minutagem qualquer mudança. A interrogação no final refere-se ao final aberto, ambíguo, de um dos personagens. 
Escala
Para a escala fiz uma ilusão dimensional. Me inspirei no cemitério aonde Louis vê a estátua do anjo abrir os olhos e lhe encarar. A fotografia acima, integrando anjo e cemitério foi tirada desse modo:
Assim, o anjo está bem longe do tamanho do grande guardião de mausoléu que vemos no filme, mas a ilusão funciona, tanto pelo ângulo quanto pelas cores semelhantes.
Enquadramento
No enquadramento, pensei num momento do filme que embora não seja tão lembrado, ainda considero um dos mais importantes para a construção do sentido do que é, na obra, ser um vampiro, em especial para Louis. Jogando holofotes sobre esse momento, criei um novo enquadramento na narrativa e fiz assim uma capa alternativa para o DVD do longa. 
Aqui, vemos Louis com o casaco que usava em seu ultimo encontro com Armand mostrado no longa, quando já estava em sua ultima fase de desenvolvimento como personagem. Atrás dele, o protagonista, é a tira de céu azul na tela de um cinema escuro, quando Louis diz que, com a tecnologia, finalmente ele pode ver o azul do céu novamente. As depois informações como os nomes dos atores e o subtítulo estavam presentes na versão em DVD que saiu no Brasil do filme, por isso os utilizei, mudando a tipografia. 
Hierarquia
Para o exercício de Hierarquia deveríamos concertar uma peça gráfica que, ao nosso ver, fosse problemática. Esse exercício poderia fugir, se assim desejássemos, do tema do filme. Porém, como me propus a resolver graficamente o cartão do Oscar que na edição de 2019 causou uma grande confusão entre Moolight e Lalaland, decidi fazer essa pequena brincadeira, dando um Oscar para Entrevista com o Vampiro. 
O primeiro cartão é o Original, usado na premiação, o segundo contem minhas modificações. 
Tempo e movimento
Aqui fiz um pequeno storyboard para uma abertura alternativa para o filme, no caso uma abertura animada. Louis é representado em verde, Lestat em azul e Claudia em rosa. Abaixo, uma pequena animação dos quadros acima; 
Fotomontagem
Para esse trabalho, que deveria ter um cunho mais politico ou alguma critica social, me afastei do longa Entrevista com o Vampiro, mas ainda segui no tema do vampirismo, enquanto metáfora. A imagem foi pega do filme "A Jovem Rainha Vitória" de Jean-Marc Vallée. Aqui o vampirismo aparece como uma metáfora para o Imperialismo britânico, que percorreu todo o reinado da monarca e se estendeu por boa parte do século XX, sugando e explorando vários países, especialmente na África a Ásia - por isso as manchas de sangue no colo e no peito da monarca são, justamente, as silhuetas desses continentes. 
Textura e cor
Com a proposta que fizéssemos uma ilustração em duas cores, com uma cor extra podendo ser proporcionada pelo fundo, fiz uma ilustração alegórica de Louis, como uma espécie de mártir. Aqui, represento Louis na sua primeira fase enquanto vampiro, quando recusava-se a beber de humanos, afim de conservar em si algo da sua própria humanidade perdida. 
Cartema
Por fim, criei um cartema utilizando uma imagem de uma das caçadas de Lestat. Segue a imagem original;
Muito obrigada pela visita!
Entrevista com o Vampiro e comunicação visual
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