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Centro de Educação e Saúde Sexual e Reprodutiva

CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE
SEXUAL E REPRODUTIVA
Orientador: Olair Falcirolli de Camilo
REFERÊNCIAS

Ideia baseada no Planned Parenthood, que é uma associação sem fins lucrativos nos EUA que data de 1916. Hoje em dia, oferece exames ginecológicos gratuitos ou por um preço acessível, pílulas, camisinhas, acompanhamento da gestação e também cirurgias contraceptivas.


O PROJETO

O projeto deve servir de exemplo para outras implantações do programa no país. O propósito é criar um local público, com sistema gratuito, que possa além de disponibilizar médicos especialistas em reprodução, gênero e sexualidade, também possa fornecer exames de ultrassom, mamografia, próstata e colo de útero, ademais distribuir métodos contraceptivos gratuitos e promover o sexo saudável. O espaço também propõe uma aproximação de mães em relação a partos humanizados e cuidados na gestação e bebês para novos pais.

A área jurídica e de assistência social serviria para dar apoio a vítimas de violência sexual e trabalharia junto com a equipe de psicólogos do setor médico. Além disso, aulas sobre prevenção de doenças sexuais e gravidez  seriam dadas na fundação,  eximindo a escola da função de educação sexual e tornando-a opcional, o que atualmente gera polêmicas.
JUSTIFICATIVAS

Um local em que as questões de saúde sexual e reprodutiva possam ser tratadas e acessíveis é necessário pois os índices de saúde são preocupantes e acima das recomendações da OMS.

Discussões relacionadas a sexualidade (orientação, gênero, cuidados, prazer, doenças), paternidade (prevenção, gravidez, cuidados com bebês) e prevenção e identificação de doenças relacionadas ao sistema reprodutor ou prazer sexual (cancêr de mama, colo de útero, ovários e prostata) não são vistas como questões educacionais, sua abordagem no sistema de ensino mesmo que não seja dentro da escola diminuiria consideralvelmente esses índices.

O espaço cria a oportunidade para discussões como sexualidade e gênero, consentimento, violência sexual, violência contra LGBTI e legalização do aborto.
DADOS
No Brasil, cerca de 930 adolescentes e jovens dão à luz todos os dias, totalizando mais de 434,5 mil mães adolescentes por ano. De acordo com a OMS, 68,4 bebês a cada mil nascimentos são de mães adolescentes (de 15 a 19 anos).

A violência obstétrica foi reportada por 12,6% das mulheres e associada ao parto em posição litotômica, à realização da manobra de Kristeller e à separação precoce do bebê após o parto.

A hipermedicalização da assistência ao parto no Brasil, ilustrada pelas taxas elevadas de cesariana, 56,9% em 2015 (OMS orienta uma taxa ideal entre 25 e 30%), o uso abusivo de ocitocina e da episiotomia, entre outros, tem sido associada ao aumento da morbidade materna e infantil, como a prematuridade, a internação de bebês em UTI, a hemorragia e infecção maternas.

Os óbitos que ocorrem durante ou até 42 dias após o parto e com causa relacionada à gravidez entram no índice de mortalidade materna, 92% dessas mortes são consideradas evitáveis.

Hoje, no país, o índice de mortalidade está em 64,5 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos — número bem acima da meta firmada com a ONU, que é de 30 óbitos para cada 100 mil nascido vivos até 2030, conforme os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Em São Paulo, a taxa que chegou a 36,8 em 2012, quase dobrou e subiu para 60,6 em 2017.

O Brasil contabilizou 66 mil denúncias de violência sexual em 2018, o que corresponde a mais de 180 estupros por dia. Entre as vítimas, 54% tinham até 13 anos. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, somente 7,5% denunciam a polícia.

A população LGBTIA+ no Brasil é estimada em 20 milhões de pessoas. Ainda que a comunidade LGBTI considere a cifra subestimada, já que muitas pessoas optam por não declararem sua identidade de gênero ou orientação sexual, o número já representa cerca de 10% da população nacional.

O Brasil registrou 141 mortes de pessoas LGBTIA+ de janeiro a 15 de maio de 2019, segundo relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB). Segundo a entidade, foram 126 homicídios e 15 suicídios, o que representa a média de uma morte a cada 23 horas.

No país em 2018, foram diagnosticados 43.941 novos casos de HIV e 37.161 casos de aids, com uma taxa de detecção de 17,8/100 mil habitantes (2018), totalizando, no período de 1980 a junho de 2019, 966.058 casos de aids detectados no país. 

Dos 20 aos 24 anos, a taxa de detecção de HIV é de 33,1/100 mil habitantes com um aumento de 100% de 2006 para 2015. Ministério da Saúde acredita que 135 mil pessoas vivem com HIV no Brasil e não sabem.

No período de 2000 até junho de 2019, foram notificadas 125.144 gestantes infectadas com HIV, das quais 8.621 no ano de 2018, com uma taxa de detecção de 2,9/mil nascidos vivos. Também em 2018, foram registrados um total de 10.980 óbitos por causa básica aids, com uma taxa de mortalidade padronizadade 4,4/100 mil habitantes.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) a estimativa para cada ano do triênio 2020-2022 aponta que os cânceres de mama e próstata (66 mil cada) serão o segundo e terceiro casos de cancêr mais registrados, seguidos do cancêr de cólon e reto (41 mil). Estima-se que para as mulheres haverão 16.590 casos de câncer no colo do útero, 6.650 casos de câncer de ovário e 6.540 casos de câncer no corpo do útero.
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