MUSEU DA DEMOCRACIA

    O Museu da Democracia localizado no Município de São Bernardo do Campo (SP), foi inserido na avenida Brigadeiro Faria Lima, um dos principais eixos viários e econômicos da cidade. A avenida conecta dois terminais metropolitanos (Terminal de São Bernardo do Campo e Terminal Ferrazópolis), além de servir como um eixo de novas operações e infraestruturas urbanas, devido ao fato de que nos últimos anos foram realizados inúmeros investimentos para a cidade ao longo e nas proximidades desta avenida, como a conclusão do Piscinão do Paço em 2019 e a reforma do Parque da Juventude.
    

    O Museu conta com uma praça seca na sua frontalidade, oriundo de um alargamento de calçada, desenhado para devolver uma parcela de espaço livre à quadra, possibilitando usos como manifestações.

    O acesso ao Museu é feito pelas extremidades da praça, com uma rampa em declive que rebaixa os visitantes à -4,5m de altura. Cria-se com esse desnível uma pequena marquise, que é formada pela estrutra do Museu que levemente se apoia sobre o vazio criado pelas rampas. As paredes que delimitam esse passeio foram imaginadas como muros de expressão, proporcionando um debate simbólico e democrático de quem tem algo há falar ou escrever.

    Ao adentrar o Museu o visitante se depara com o átrio que se abre para o interno, servindo como um núcleo de ligações através de corredores perimetrais, passarelas e escadas.

    O programa do Museu conta com todo suporte e infraestrutura necessários para o bom funcionamento de exposições temporárias e fixas, além de espaços multiusos, salas escuras para exibições e um auditório com mais de 100 lugares.

    O espaço mais emblemático é a Sala dos Mortos, localizada no útlimo pavimento do Museu. O visitante se depara com uma sala descoberta que tem como base uma in esperada forração de flores. A intenção é causar uma ruptura na geometria ortogonal do museu, assim como na materialidade bruta. A inserção de um espaço verde, com estes elementos, é uma tentativa do gesto mundial de se “levar flores aos mortos”. 

 Acreditamos que as circunstâncias e exposições vistas até este tal momento favoreceriam uma possível reflexão, portanto, um espaço com luz e aromas naturais proporcionariam um ambiente onde o visitante fosse tomado pela sensibilidade de sua própria “bagagem” e o conjunto do museu na sua totalidade.