Experiência na área ou salários melhores?
A grande dúvida dos universitários
Quem está na fase de conclusão de curso superior já se perguntou ou ainda se perguntará qual o momento certo de migrar para a área em que gosta de atuar, algo relacionado à profissão que decidiu seguir carreira. Não é algo simples para alguém que tenha um emprego bom desde antes de começar a vida acadêmica, pois isso envolve mudanças de rotina e, a que causa mais medo, de salário, principalmente para quem paga os próprios estudos.
Para o estudante do terceiro ano de Relações Públicas na PUC-SP, Eduardo Abreu, é necessário fazer um estágio na área antes de terminar a faculdade, até porque a instituição de ensino exige horas complementares para fornecer o diploma ao aluno e a experiência é essencial nesse caso. “Se eu terminar a faculdade sem contato direto com a área, acredito que nunca vou conseguir fazer o que gosto”, afirma o jovem de 21 anos.
Há casos em que o universitário já entra na universidade com um bom emprego, com um bom salário e firme no seu cargo. Quando chega a hora de decidir se fará ou não estágio, a remuneração acaba pesando na escolha, pois com a bolsa-auxílio de um estágio não é possível arcar com a mensalidade de uma boa universidade. É o que acontece com a estudante de Direito na FMU em São Paulo, Juliana Silva, que depende de sua renda como auxiliar administrativa para pagar seu curso. A universitária afirma que como o preço para aprender está muito acima do esperado e, se for para um estágio, não terá condições de bancar, porque os pais não podem ajudá-la. “A faculdade abusa nos valores, mas nós que queremos nos tornar profissionais graduados e não tivemos capacidade de entrar em uma pública. E temos que pagar o exigido”, acredita.
As universidades federais são uma opção para alunos que convivem com esse dilema, mas é necessário muito esforço e inteligência, além de tempo para conseguir se preparar para esses vestibulares. A estudante de Medicina da USP em São Paulo, Gabriela Duarte, conta que teve apoio e suporte dos pais durante quatro anos em cursinhos preparatórios, até finalmente realizar seu sonho e estudar em uma das maiores universidades do Brasil em um dos cursos mais concorridos e prestigiados. Para ela, toda e qualquer chance de trabalhar ou estagiar na área será bem-vinda, assim como qualquer dinheiro a mais que possa ajudar em seu orçamento mensal. “Para mim qualquer coisa vale para aprender, estou feliz estudando e com certeza, quando eu começar a trabalhar com isso, me sentirei realizada”, festeja a recém-universitária, de 19 anos, que desde os 15 já fazia cursinhos pré-vestibular paralelamente aos estudos do Ensino Médio.
As universidades federais são uma opção para alunos que convivem com esse dilema, mas é necessário muito esforço e inteligência, além de tempo para conseguir se preparar para esses vestibulares. A estudante de Medicina da USP em São Paulo, Gabriela Duarte, conta que teve apoio e suporte dos pais durante quatro anos em cursinhos preparatórios, até finalmente realizar seu sonho e estudar em uma das maiores universidades do Brasil em um dos cursos mais concorridos e prestigiados. Para ela, toda e qualquer chance de trabalhar ou estagiar na área será bem-vinda, assim como qualquer dinheiro a mais que possa ajudar em seu orçamento mensal. “Para mim qualquer coisa vale para aprender, estou feliz estudando e com certeza, quando eu começar a trabalhar com isso, me sentirei realizada”, festeja a recém-universitária, de 19 anos, que desde os 15 já fazia cursinhos pré-vestibular paralelamente aos estudos do Ensino Médio.
Professores de jornalismo da FMU de São Paulo, quando perguntados sobre o tema, dizem que quanto mais contato direto com a área em que o estudante atua, melhor será o aprendizado e por outro lado, pais de alunos dizem que o mais importante é o filho conseguir manter-se e ajudar nas despesas de casa
