Palacete Camilo de Mattos
Técnicas Retrospectivas
Centro Universitário Barão de Mauá
Vista palacete Camilo de Mattos - Imagem autoral
O local passou por muitas mudanças nas últimas décadas, após o falecimento de Camilo de Mattos o Palacete obteve novos proprietários que não fizeram uso do mesmo como residência, chegou a ser tombado como patrimônio e logo após houve pedido de destombamento não aprovado devido a manifestações de que o local significasse preservação
de patrimônio cultural, ocorreram invasões de moradores de rua que acabaram por degradar diversos cômodos com mau uso, furtos de peças de extensil e infelizmente chegando até a um incêndio que prejudicou parte do pavimento superior, posteriormente ficando sem revestimentos e forro. Dentre as análises realizadas está sendo apresentado o mapa de danos na fachada do Palacete onde percebe-se a presença de pichações e manutenções feitas recentemente e levantamento fotográfico dos danos internos.
Este projeto de intervenção esta embasado nas teorias da Carta de Veneza, e pressupõem uma visão de ‘restauro crítico’, que elabora uma releitura das propostas do ‘restauro filológico’, de Boito e Giovannoni, que dá grande atenção a aspectos documentais das obras e às marcas de sua passagem ao longo do tempo, respeitando suas fases, intervindo com elementos distintos da obra para não induzir o observador ao engano de confundir intervenção com a obra
de patrimônio cultural, ocorreram invasões de moradores de rua que acabaram por degradar diversos cômodos com mau uso, furtos de peças de extensil e infelizmente chegando até a um incêndio que prejudicou parte do pavimento superior, posteriormente ficando sem revestimentos e forro. Dentre as análises realizadas está sendo apresentado o mapa de danos na fachada do Palacete onde percebe-se a presença de pichações e manutenções feitas recentemente e levantamento fotográfico dos danos internos.
Este projeto de intervenção esta embasado nas teorias da Carta de Veneza, e pressupõem uma visão de ‘restauro crítico’, que elabora uma releitura das propostas do ‘restauro filológico’, de Boito e Giovannoni, que dá grande atenção a aspectos documentais das obras e às marcas de sua passagem ao longo do tempo, respeitando suas fases, intervindo com elementos distintos da obra para não induzir o observador ao engano de confundir intervenção com a obra
Identificação e conhecimento do bem
Construído no começo da década de 1920 no centro da cidade de Ribeirão Preto, o Palacete Camilo de Mattos, de arquitetura eclética e fachada imponente, ainda relembra o ribeirão-pretano que por ali passa, da riqueza e da importância que a cidade possuía na época áurea do café, sendo um dos últimos exemplares de outrora que ainda resistem ao tempo e a especulação imobiliária na cidade.
Inauguração do Palacete na década de 20 - Arquivo pessoal arquiteto Claudio Bauso
Levantamento físico - Plantas do Palacete - Autoria da Equipe
As características arquitetônicas do Palacete: O ecletismo, a alvenaria e
as ornamentações.
as ornamentações.
O número 625 da Rua Duque de Caxias, possuía localização privilegiada à época, em frente à praça XV de Novembro, próximo também ao quarteirão paulista, e a edifícios institucionais da administração municipal, sendo assim, o palacete era parte de um conjunto de casarões importantes da cidade, e foi plano de fundo para diversos acontecimentos históricos.
Com características que remetem à arquitetura residencial eclética burguesa do começo do século XX, “o palacete edificado em 1921, assim como a maioria dos edifícios construídos na cidade na década de 1920, seguiu o “código de posturas de Ribeirão Preto” também de 1921, que propunha uma “nova implantação” para as construções”, as deixando isoladas no lote, com as quatro fachadas afastadas dos limites do terreno, algo que podemos notar na implantação do casarão, em um lote de esquina, com duas fachadas voltadas para a rua.
Com características que remetem à arquitetura residencial eclética burguesa do começo do século XX, “o palacete edificado em 1921, assim como a maioria dos edifícios construídos na cidade na década de 1920, seguiu o “código de posturas de Ribeirão Preto” também de 1921, que propunha uma “nova implantação” para as construções”, as deixando isoladas no lote, com as quatro fachadas afastadas dos limites do terreno, algo que podemos notar na implantação do casarão, em um lote de esquina, com duas fachadas voltadas para a rua.
Mapeamentos de danos - Autoria da Equipe
A proposta de restauro tem como objetivo a mínima intervenção no projeto original, respeitando ao máximo sua história.Consideraremos a teoria crítica-conservativa, onde era defendida principalmente pelo teórico italiano Giovanni Carbonara, sendo a teoria baseada diretamente na teoria Brandiana.
Carbonara dizia que a teoria nasce da vontade de evidenciar a persistente validade das formulações do restauro crítico e brandiano, o restauro é considerado como ato critico, onde as instâncias estética e histórica devem ser analisadas do ponto de vista metodológico. Defendia também que o restauro é o único e deve ser tratado de forma individualizada e não mera ação mecânica que segue apenas conceitos pré estabelecidos.
Na releitura do restauro crítico e da própria Carta de Veneza, restauro assume postura conservativa, porém sem propor o “congelamento” das técnicas e dos materiais a serem usados como na hipermanutenção, aceitando, quando necessário, o uso de técnicas contemporâneas e recursos criativos, desde que estes não desrespeitem o bem.
Carbonara dizia que a teoria nasce da vontade de evidenciar a persistente validade das formulações do restauro crítico e brandiano, o restauro é considerado como ato critico, onde as instâncias estética e histórica devem ser analisadas do ponto de vista metodológico. Defendia também que o restauro é o único e deve ser tratado de forma individualizada e não mera ação mecânica que segue apenas conceitos pré estabelecidos.
Na releitura do restauro crítico e da própria Carta de Veneza, restauro assume postura conservativa, porém sem propor o “congelamento” das técnicas e dos materiais a serem usados como na hipermanutenção, aceitando, quando necessário, o uso de técnicas contemporâneas e recursos criativos, desde que estes não desrespeitem o bem.
Proposta de intervenção - Sala verde - Autoria da Equipe
Ficha Técnica
Projeto: Aniéle Lima, Daiele R. Cesário dos Santos, Euller G. Carvalho, Paola S. Arantes
Localização: Quadrilátero central - Ribeirão Preto/SP
Orientação: Henrique Vichnewski
Disciplina: Técnicas Retrospectivas
Disciplina: Técnicas Retrospectivas
Ano: 2018
