Consegue sentir o cheiro das memórias? Consegue ouvir o som da música que elas cantam?

A noite de verão chega, iluminada e resplandecente, como se um manto de estrelas e supernovas tivesse recaído sutilmente sobre os prédios, sobre os telhados das casas, sobre a terra das ruas. Tudo é poeira estelar.

Sinta as lágrimas mornas do céu tocarem sua pele e beijarem seu rosto; a brisa é gentil e macia como só é nas noites de Shakespeare.

Sopre um desejo para o vento, sorria ao lembrar onde esteve meses atrás. Sorria ao saber que sobreviveu aos pesadelos que quase te consumiram como papel em encontro ao fogo.

A chuva cheira e chora, esteve sendo melodia de seus sonhos, e movimento para seus pés, o perfume das tuas palavras. Agradeça ao tempo por te ensinar a superá-lo, agradeça aos finais felizes que você nunca teve, e que aram a terra para o que ainda está por vir. Ache seu sabor, encontre sua inspiração, eleve sua alma e aguçe seu espírito. Ainda há sol depois da madrugada e ainda há beleza por trás das nuvens escuras. Embeveça seus olhos com as contas que brilham em seu caminho, paredes de estrelas, luzes de natal refletida em seus olhos, refletida em seus sonhos, refletida em lembranças.