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Recital, Philippe Trovão - programa

Recital
Saxofone e electrónica, Philippe Trovão


08 de Fevereiro 2023 | 19h45 | Auditório do CCCI | DeCA
Recital realizado no âmbito da unidade curricular de Recital I
Programa Doutoral em Música - Performance
Professor Doutor Henrique Portovedo
Universidade de Aveiro
Programa:

Saxatile, para saxofone soprano e electrónica sobre suporte fixo                                             Jean-Claude Risset

Dark Entities Fading to White #1, acusmática                                                                                   Philippe Trovão

Distyle, para saxofone e electrónica sobre suporte fixo                                                             Jean-Claude Risset

Dark Entities Fading to White #2, acusmática                                                                                   Philippe Trovão

Variants Invariants, para saxofone alto e câmara de eco                                                                Costin Miereanu
Biografia

Formado em saxofone pela Escola Superior de Música de Lisboa e detentor do grau de Mestre em Pedagogia pela mesma universidade, complementou a sua formação com masterclasses e workshops com alguns dos maiores nomes do saxofone mundial. Vencedor de vaŕios preḿios nacionais e internacionais, também se apresentou como solista com a Camerata de Sopros Silva Dioniśio em Portugal e Espanha, com a Orquestra Sinfońica da Escola Superior d eMuśica d eLisboa e com a Orquestra Sinfonieta de Chieri, em Itália.

Esteve envolvido em vários projectos multidisciplinares, entre eles o bailado “Dance bailarina, dance”, com a Companhia Nacional de Bailado, o espectaćulo “As Artes no Panteão: Ecos de um Meta-Tempo”, uma colaboracã̧o da Escola Superior de Música, Escola Superior de Dança e Escola Superior de Teatro e Cinema, a peca̧ de teatro “Medeia”,uma colaboração entre o Laboratório de Música Mista da ESML e a Escola Superior de Teatro e Cinema, a peca̧ ODISSEIA, com Teresa Sobral e José Raposo, onde trabalhou como sonoplasta, e a ópera “Manifesto Nada”, com música de António de Sousa Dias e encenação de Alexandre Leite (Companhia de Teatro Inestética).

Dedicado ao desenvolvimento de projectos criativos realizou várias residências artísticas, entre elas com a Associação Dias de Música Electroacústica, em Seia, e residência inserida no programa Talentos Emergentes, da Miso Music Portugal. É presenca̧ assídua em vários festivais de música contemporan̂ea portugueses e festivais dedicados ao saxofone. Grande parte do seu trabalho é dedicado ao estudo do repertório contemporâneo para saxofone, ao estudo de síntese sonora e à performance. Realiza, também, trabalho no âmbito da música improvisada e da criação/composição. Está a desenvolver um projecto de investigação, RECAST, que em 2021 deu origem ao seu primeiro disco em nome próprio. Em 2023 irá lançar o seu segundo disco Sur la Couleur, um monográfico de Jean- Claude Risset.
Lecciona no Conservatório Regional Silva Marques, em Alhandra e no Conservatório de Música de Santarém e é aluno do Programa Doutoral em Música, variante de performance, da Universidade de Aveiro.
Notas de Programa

Saxatile, para saxofone soprano e electrónica sobre suporte fixo, Jean-Claude Risset

Esta obra é dedica a Iannis Xenakis a propósito do seu septuagésimo aniversário. A electrónica desta peça foi construída com o sistema de Xenakis, o UPIC.
O título da obra refere-se ao saxofone mas, o adjectivo saxatile significa "aquele que vive nas rochas". Uma imagem de relação entre o saxofone e a electrónica como se fosse o reencontro entre o biológico e o mineral. No início, os sons electrónicos, que andam em torno de uma frequência, passam por um processo de transformação até que dispersem em grãos. Apesar desta diferença de morfologias, pertencem todos ao mesmo grupo, tal como as rochas, a areia e os seixos pertencem ao grupo dos minerais. As linhas do saxofone jogam com este contexto com uma delicadeza própria do biológico.


Distyle, para saxofone alto e electrónica sobre suporte fixo, Jean-Claude Risset

Esta obra associa o saxofone a um dispositivo electroacústico, em suporte de CD com o qual o instrumentista dialoga. A electrónica é constituída por sons sintetizados e, sobretudo, por motivos instrumentais gravados. O título significa "duas colunas". Os dois suportes da peça são o jogo entre o instrumentista e a electrónica, mas será de notar também o reencontro entre um estilo atonal e um quase modal, que por momentos evoca o jazz.


Variants Invariants, para saxofone alto e câmara de eco, Costin Miereanu

Esta obra foi escrita em 1982 e dedicada ao saxofonista Daniel Kientzy.
Originalmente, a peça, usa o dispositivo analógico Korg Stage Echo SE-500 com o pedal Korg S-2 Dual Footswitch. O processo de transição para tecnologia digital e a falta de soluções na altura tornaram o dispositivo obsoleto, contribuindo para o desaparecimento da obra. Foi através de um processo de migração de tecnologia, de criação de uma solução assente em sistemas digitais, que esta peça pode voltar a ser interpretada. Esta migração tem o nome de recasting e foi em 2021 que este trabalho foi feito por Philippe Trovão.





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