Confessionário
Poema escrito em 17/10/2021
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Eu confesso que me apaixonei demais
E amei de menos
Vivi a promessa de uma ilusão fugaz
Mas não o sentimento pleno
Tu confessas que já ouviste o suficiente
Sobre tua trajetória
De teus pais, amigos e parentes
Porém, esqueceste tua própria oratória
Ele confessa que deixou para depois
Dizer o que sentia. Expressar o que precisava
Esperou para contar quando o sol se pôs
Todavia, ninguém mais lá restava
Elas confessam que aceitaram em demasia
Sem nem ao menos questionar
As migalhas que a sociedade lhes oferecia
Contudo, quem agora está aí para as apoiar?
Vós confessais que estais aprisionados
Em máscaras elegantes
Feitas de incertezas e egos desgastados
Entretanto, até quando ficareis neste teatro delirante?
Nós confessamos que estamos cansados
De sermos sonâmbulos. Cativos das lembranças
E por mais custosa a busca por um significado
Ainda assim, mantemos a esperança
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Texto originalmente publicado na plataforma Medium em 18/10/2021