O nível de pobreza no Brasil aumentou com a pandemia do novo coronavírus. Muitas famílias passaram fome por ter perdido o emprego ou fechado negócios. Um pouco do que sobra da feira que não é utilizado pelos feirantes como alimento para os animais de criação nas próprias plantações ou como adubo, sobra para doação.  Foto: Gabriela Felin - 17.04.2021
As feiras FAE - Feira de Agricultores Ecologistas e na Feira Ecológica do Bom Fim fazem parte da rotina de diversos porto-alegrenses, principalmente para pessoas em situação de vulnerabilidade social. É com a ajuda dos feirantes que muitas famílias conseguem ter o que comer. Foto: Gabriela Felin - 17.04.2021
Os organizadores das feiras também fazem arrecadação de alimentos para doar a comunidades vulneráveis. O objetivo dessas ações é auxiliar essas populações a ter o que comer durante a semana e muitas vezes doar para outras pessoas e famílias que passam pela mesma necessidade.  Foto: Gabriela Felin - 24.04.2021
Os feirantes conhecem as pessoas que vão com frequência na xepa pedir alimentos. Como Maria, que aos 40 anos vive em situação de rua. Parte dos alimentos que ela arrecada são doados a conhecidos em vulnerabilidade social e aos quatro filhos que moram com as avós.  Foto: Gabriela Felin - 15.05.2021
Com sacolas grandes, Maria começa a pedir alimentos perto da 13h, quando os feirantes começam com a hora da xepa. Depois de perder o último emprego como catadora, diz esperar um novo para sair da situação de rua. Por enquanto ela dorme em frente ao HPS. Foto: Gabriela Felin - 15.05.2021
Todo sábado em frente à Igreja da Av. José Bonifácio com a rua Santa Terezinha, Maria costuma aguardar o final das duas feiras orgânicas que decorrem pela manhã. Enquanto arrecada os alimentos, vai deixando algumas sacolas, já carregadas, em frente ao mesmo local, para poder fazer a separação quando começar o desmonte das bancas. Foto: Gabriela Felin - 10.04.2021
A pandemia da Covid-19 reforçou a participação de famílias no frequentamento da feira, no horário da xepa. Por ainda ser um dos locais onde os alimentos são mais acessíveis. E devido os protocolos de distanciamento, além de ser a céu aberto o espaço da feira foi ampliado, chegando a fechar uma das vias da Av. José Bonifácio. Foto: Gabriela Felin - 15.05.2021
Elisabeth vai à feira todo sábado para conseguir alguns alimentos que sejam o suficiente para ela e os filhos durante a semana. Aos 32 anos ela frequenta a feira desde que era criança, quando acompanhava os pais e agora às vezes os filhos a acompanham. Foto: Gabriela Felin - 17.04.2021
Elisabeth não costuma sair com os filhos, para pedir doações. Leonardo, o mais novo, não gosta muito de ir na feira, foi só em um sábado ajudar a mãe com as sacolas, junto com irmão mais velho.  O pouco de dinheiro que Elisabeth consegue arrecadar, ajuda nas passagens de ônibus para a locomoção até a feira.
Foto: Gabriela Felin - 17.04.2021
"Uns têm que passar necessidade para outros ficarem bem, né.", é o que Marisol de 49 anos conclui ao se referir à própria rotina. Enquanto ela está há doze anos em situação de rua, é a primeira vez que vai pedir alimento no final das feiras de sábado, na Av. José Bonifácio. Foto: Gabriela Felin - 17.04.2021
A ida a feira além de um ato político, serve de bico para alguns aposentados. Assim como Ricardo de 66 anos que desde os 25 anos não se alimenta de carne e, é naturalista desde então. Ele acorda às 2 horas da manhã para se arrumar e ir ajudar os feirantes. O bico dura até o final da feira, quando participa do desmonte das barracas e recebe alguns alimentos para a semana. Foto: Gabriela Felin - 17.04.2021
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