Analfabetismo no Brasil
Desde meados do século XVI, no Brasil Colônia, a questão da educação já se entendia como um fator de valor para a sociedade burguesa, proporcionando desde já, a exclusão de grupos minoritários brasileiros. Com isso, mesmo com o passar dos anos, a realidade ainda é semelhante, no qual, a comunidade brasileira ainda é vítima do negacionismo educacional, que por sua vez acumula motivadores políticos e sociais, o que reflete na considerável taxa de analfabetismo concretizada pelo IBGE no último censo. Dentro disso, a carência de oportunidades ofertadas pelo Governo para manter o corpo discente dentro das escolas e a problemática da falta de apoio familiar, justificam o analfabetismo no Brasil. 

Em primeira análise, a falta de financiamento estudantil, como a criação de auxílios escolares por parte do Ministério da Educação, é um dos responsáveis para a desistência da população pobre antes da alfabetização. Por meio disso, é evidenciado o quanto a educação brasileira é seletiva e secular, uma vez que se assemelha com o Brasil Colônia, no qual as minorias sociais eram vetadas da educação. Ademais, a inexistência de bolsas econômicas estudantis leva muitos brasileiros da classe baixa a desistirem dos estudos em busca de trabalho, o que deixa explícito a invisibilidade desse corpo social, que é interpretado como sem valor econômico por parte do Governo. Em virtude disso, sérias problemáticas sociais são impostas como consequência da falta de profissionalismo político, como a grande incidência do analfabetismo em regiões pobres, primordialmente o Nordeste, uma vez que é considerado a região menos escolarizada e com maior índice de minorias econômicas do Brasil, segundo o IBGE. 

Em segundo plano, a falta de apoio familiar para que jovens pobres continuem os estudos é um fator inconstitucional, visto que, o Artigo 205º da Constituição Cidadã impõe que a educação é um dever do Estado e da família. Assim sendo, um dos motivos para que parte da sociedade seja analfabeta, é o pensamento hierarquizado da família, que acredita que apenas o trabalho dignifica uma pessoa economicamente exposta. No entanto, pensamentos como estes podem trazer consequências graves, como o trabalho análogo escravo, já que o indivíduo analfabeto não se tem educação escolar básica e consequentemente não possui conhecimento dos seus direitos. Logo, é evidente o quanto a alfabetização acrescenta na vida da comunidade, principalmente em aspectos sociais, como a conscientização dos seus direitos civis. 

Em suma, a escassez de oportunidades estudantis governamentais e a carência do apoio da família para a conclusão da alfabetização, devem ser sanados imediatamente. Dessarte, é dever do Ministério da Educação juntamente com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) a criação de auxílios estudantis, como bolsas de estudo, por meio de processos seletivos entre minorias, com o intuito de pôr fim na evasão escolar antes da alfabetização. Junto à isso, é preciso que o ECA promova rede de diálogos com famílias carentes através de visitas em bairros periféricos, uma vez que são onde se encontram as minorias, para conscientizar familiares da importância da alfabetização, principalmente para reconhecer direitos cívicos futuros. Portanto, medidas como essas poderão trazer benefícios para o combate ao analfabetismo brasileiro. 
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