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A rotina de uma idosa com Alzheimer

A rotina de uma idosa com Alzheimer

Rotina realmente é uma palavra muito importante quando se trata de uma pessoa com mal de Alzheimer. Pois quando se estabelece uma rotina diária, o paciente apresenta um quadro melhor, com mais qualidade de vida. Nesta fotorreportagem, você poderá conhecer a rotina de Anita Wahl Caldas, de 93 anos, uma senhora simpática e animada que convive com essa doença.
Ela dorme em uma cama hospitalar. Assim pode ter mais conforto, pois o colchão é pneumático e a altura é ajustável. Além da segurança, devido as grades — protegidas por travesseiros — que evitam que ela caia da cama.
A senhora toma o café da manhã ainda na cama, com ajuda da cuidadora Marli Lazares, de 57 anos. As demais refeições ela come sozinha. Devido a pandemia, Marli sempre usa jaleco e máscara. As comidas para Anita precisam ser leves e de fácil deglutição, pois devido ao Alzheimer, ela desenvolveu disfagia — que é a dificuldade para engolir.
Ela não consegue andar sozinha. Então para se locomover, depende da cadeira de rodas ou como ela chama, “o carrinho”. Anita também não tem força suficiente para empurrar as rodas, por isso alguém precisa conduzir a cadeira.
Ela toma muitos medicamentos, tanto para o próprio Alzheimer, como para outros problemas. São remédios para pulmão, pressão, entre outros. Mas felizmente, com o uso dos medicamentos o quadro dela é estável e ela vive muito bem.
Eventualmente, Anita realiza exercícios para movimentar e fortalecer os membros.
A família cuida dela com muito amor e carinho. Mas devido às ocupações com o trabalho, é difícil dedicar todo tempo necessário que Anita precisa. Então quem auxilia neste processo é a cuidadora Marli Lazares. Ela conta que decidiu ser cuidadora após se aposentar como professora. Ao buscar cursos para novas áreas encontrou a profissão de cuidadora, com a qual se identificou muito. “Antes eu tive uma missão cuidando de crianças e hoje tenho uma missão cuidando de idosos”, disse. Marli também traçou um paralelo entre as experiências como educadora e cuidadora. Pois enquanto se acompanha o desenvolvimento das crianças, com os idosos é o contrário, se acompanha o processo de debilitação. "É um trabalho que exige bastante na questão emocional e física", conta. Mas cuidar da Dona Anita tem sido bastante gratificante para Marli, que já cuidou de outras 4 pessoas com Alzheimer. "É uma pessoa muito maleável, agradável, educada, para ela tudo está bom, gosta de brincar, de rir", falou.
A senhora também faz pinturas para se divertir e exercitar a mente.
E também assiste bastante televisão.
Nem sempre as coisas são fáceis, muitas vezes acontecem imprevistos durante essa rotina. Mas Anita leva a vida alegre, pois mesmo perdendo boa parte da memória, ela não perdeu o senso de humor.
A rotina de uma idosa com Alzheimer
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