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TEXTO JORNALÍSTICO | Obesidade na vida do homem

TEXTO JORNALÍSTICO
Conteúdo produzido para o Dr. Márcio Dantas em parceria com o site Jornal SP Norte. Publicado aqui.
Obesidade na vida do homem: os impactos físicos, sexuais, sociais e mentais

A Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE revelou que 604 milhões de adultos apresentaram diagnóstico de obesidade em 2019. Inclusive, de 2002 a 2018, o índice de obesos no Brasil passou de 9,6% para 22,8% entre os homens e de 14,5% para 30,2% entre as mulheres.

O diagnóstico da doença é feito a partir de três principais fatores: valor do IMC (índice de massa corporal), avaliação da composição corporal e circunferência da cintura. O valor do IMC é calculado com base na fórmula “peso dividido pela altura ao quadrado”.

A obesidade causa um processo inflamatório no corpo que é responsável por degeneração e oxidação, levando ainda a outros tipos de enfermidades. Além disso, é muito comum que a doença afete diversas áreas da vida, como saúde mental, sexualidade, relacionamento e autoestima.

Efeitos da gordofobia para obesos

Apesar de haver uma crescente nos grupos que buscam trazer visibilidade para pessoas obesas, é notório que a mídia, a sociedade e as implicações culturais priorizam pessoas magras. A gordofobia é explícita em questões básicas, como no tamanho dos bancos de avião, catracas dos ônibus, banheiros e assentos de cinema.

Além disso, é raro ver pessoas gordas representadas de forma feliz e bem sucedida na mídia, já que o padrão de beleza magro é altamente imposto pela sociedade. Essas circunstâncias reforçam diariamente a ideia de que homens e mulheres com obesidade não pertencem a comunidade, fazendo com que eles se isolem.

A exclusão de obesos dos espaços comuns leva os mesmos a uma baixa autoestima que interfere diretamente na forma como se enxergam, no desempenho sexual e no convívio coletivo. Esse sentimento de não pertencimento social produz alta ansiedade, causando atitudes como não conseguir receber afeto, não se sentir merecedor de uma vida feliz e não conseguir transar de luz acesa, por exemplo.

Apesar da obesidade ser, sim, uma doença que deve ser tratada de forma médica e psicológica, também é fundamental que haja uma conscientização sobre os impactos da gordofobia na sociedade.

Benefícios da cirurgia bariátrica

Diante do aumento nos dados de obesidade, os números de cirurgia bariátrica também vêm crescendo. Só em 2019, 68.530 cirurgias bariátricas foram realizadas no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).

Quando indicada e executada da forma correta, os benefícios da cirurgia bariátrica podem ir muito além da perda de peso, aumentando a qualidade de vida de uma pessoa obesa. Algumas melhorias são: aumento da autoestima e autoconfiança, redução de diabetes e hipertensão, aumento na frequência de relações sexuais e melhora na qualidade erétil do homem.

A vida sexual do homem costuma melhorar após o processo de emagrecimento da bariátrica, porque o obeso produz um hormônio, chamado leptina, que diminui a produção de testosterona e, consequentemente, o seu desejo.

É importante lembrar que o primeiro tratamento para uma pessoa com obesidade deve ser clínico, e não cirúrgico. Antes de constatar que uma cirurgia bariátrica é realmente necessária, é indicado um acompanhamento psicológico e nutricional, com reeducação alimentar.

Pênis pequeno no homem obeso

É comum ouvir relatos de homens obesos sobre pênis pequenos, mas a realidade é que a maioria deles tem o tamanho do órgão dentro do padrão natural, porém, apenas uma pequena parte fica visível. Isso acontece por conta da deposição da gordura pubiana que embute o pênis de forma anormal, fazendo com que haja ainda dificuldade de ereção, penetração e na função urinária.

Essa condição é conhecida como pênis embutido ou pênis escondido e, após realizar a bariátrica, muitos homens buscam pela sua correção com um especialista, como o Dr. Marcio Dantas. O procedimento consiste em uma cirurgia de lipoaspiração para exposição do pênis: a dermolipectomia da região pubiana.

O resultado funciona como um pseudo-alongamento do pênis, já que a retirada da gordura excessiva faz com que o órgão apareça mais. Além do processo cirúrgico, há um acompanhamento psicológico para auxiliar o paciente.

É importante reforçar que o pênis embutido é diferente do micropênis. Como já citado, o primeiro trata-se de um excedente de gordura que cobre parte do pênis. No caso do micropênis, a condição acompanha algumas patologias, em especial endócrinas e de má formação.
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