Falar sobre sentimentalismo durante anos cruéis foi resistir. O Urbanismo Sentimental nasce através do entendimento de uma função social, até onde podemos e devemos ir? 

Costumo dizer que a luta por cidades sentimentais é coletiva, e é por isso que o Urbanismo Sentimental se junta e se transforma em US, se transforma em nós.
Ocupar [preencher (um espaço); cuidar; habitar]

Direito à cidade é um direito humano e coletivo. Ocupar a cidade é resistir a segregação de um território. A reorganização dos espaços marcados pela mercantilização da cidade moldou consequências no rearranjo dos espaços públicos, que se tornaram apenas locais de passagem e pouca permanência. 

A ocupação traz de volta a vida no território. As festividades e manifestações colorem esses lugares. Em comemorações, como o carnaval, conseguimos enxergar mais claramente a importância de se ocupar lugares que na maioria das vezes são apenas rotas para o trabalho.

Ocupar a cidade é resistir, e destruir muros impostos por projetos segregadores.
Jacobs, em sua obra "Morte e Vida de Grandes Cidades", destacou a relevância de uma observação atenta das cidades e da compreensão de suas verdadeiras necessidades.

"Precisamos observar as coisas comuns e cotidianas de uma cidade" (JACOBS)

O planejamento urbano está em constante evolução e suas abordagens têm se adaptado ao longo do tempo. Atualmente, existe uma tendência crescente em abandonar a ideia de "cidades imaginárias perfeitas" e adotar uma abordagem mais inclusiva, participativa e centrada nas necessidades das pessoas.


Uma reflexão acerca das memórias afetivas despertadas pela cidade ao longo do tempo, e sua consequente transformação em paralelo com as mudanças urbanas. 

Surge, assim, a indagação sobre o impacto da materialidade dos espaços na construção de nossas memórias afetivas e se tais memórias são suscetíveis a transformações. 

Quando estabelecemos uma relação entre cidades e memórias afetivas, é imprescindível ponderar sobre o tipo de memória que desejamos promover nos indivíduos. Isso nos conduz à esfera da cidade sentimental, na qual são atribuídos sentidos e significados ao espaço, transformando-se de fato em um lugar.

Constantemente, múltiplas memórias entrelaçam-se no tecido urbano. Afinal, as cidades se configuram como portadoras de memórias.

As memórias afetivas podem enriquecer os espaços urbanos, promovendo a criação de conexões significativas.
URB SENTIMENTAL
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