No final de 2011, o Grande Circular foi contactado pela Drogafuji para um trabalho de reformulação gráfica de dois itens importantes para comunicação da empresa: o layout do site de e-commerce e o layout das lojas físicas da rede. Esses dois itens são os principais pontos de contato do cliente com a Drogafuji e fortemente associados com a experiência de marca e de venda em qualquer negócio.

Nos últimos anos, a Drogafuji adquiriu drogarias menores e criou novas lojas, firmando-se como uma rede forte do Distrito Federal e presente em todo seu território. Isso foi fundamental para enfrentar a concorrência de redes novas e outros concorrentes antigos, que tem assumido uma postura cada vez mais agressiva de vendas na competição por clientes.

Porém, na medida em que a rede cresceu, as lojas físicas começaram a perder alguns padrões visuais básicos, no tipo de sinalização, nas cores das gôndolas, na publicidade, etc. Da mesma maneira, percebeu que precisava aprimorar e expandir as ações do seu comércio eletrônico, cada vez mais buscado por seus clientes. A rede precisava construir um ambiente que potencializasse a experiência de compra na Drogafuji.

Antes de iniciarmos nosso trabalho, fizemos uma extensa coleta de informações nos pontos de venda físicos da rede. Visitamos lojas com as mais diversas características:

 

• do Lago Norte até Ceilândia;
• de pouco mais de 20m² até lojas com mais de 100m²;
• com vendas 24h ou não;
• com vendas de produtos hospitalares ou não;
• antigas e novas.

 

Analisamos todos os aspecto das lojas que pudessem influenciar na experiência de compra: a disposição dos itens nas gôndolas, a manutenção do espaço físico, a padronização de peças de sinalização, o acesso ao interior da loja e outras características. Nessa nossa pesquisa, identificamos uma série de pontos para mudança nos espaços físicos e também outras mudanças importantes para serem feitas na construção da identidade visual.

Ao longo dos seus pouco mais de 30 anos de existência, a Drogafuji passou por algumas reformulações de identidade visual, sempre reforçando a cor laranja como diferencial e o escudo com sorriso, que remete ao slogan “a guardiã da sua saúde”. Nossa proposta foi manter esses elementos e seus diferenciais, reforçando a sua aplicação e resolvendo erros de construção.

Dessa maneira, nosso trabalho começou com a padronização com base na última identidade visual formulada. Fizemos uma expansão do manual de marca, indo de um documento com pouco mais de quinze páginas para um novo com quase cinquenta páginas, detalhando cada aspecto da construção e uso da logo. As alterações mais significativas foram quanto ao estabelecimento de uma paleta de cores auxiliares e a escolha de uma fonte auxiliar que trouxesse expressão e uma cara própria para a rede.

A paleta de cores auxiliares atual é abrangente o suficiente para permitir que a identidade se adeque aos diversos casos possíveis de aplicação, mas sem deixar a identidade se aproximar de cores normalmente encontradas em outras drogarias, como o azul e o vermelho.

Escolhemos a fonte Cora, do estúdio Type Together, para todas as aplicações da identidade. A fonte utilizada anteriormente era uma fonte com peso igual no traço (como Arial, Helvetica, Univers, etc). Essas fontes são neutras e não trazem praticamente nenhum elemento que reforce a identidade. Cora, por sua vez, possui um traço humanista, que varia de espessura e cria expressividade e elegância, sem perder a formalidade necessária para as aplicações. Além disso, possui uma grande variedade de símbolos, ligaturas, versaletes e caracteres para  mais de 40 línguas. Também é bastante versátil para aplicações em tamanhos muito grandes ou muito reduzidos.

Com a inclusão da fonte Cora na identidade e feitas as adaptações, criamos um conjunto harmônico, fazendo com que a aplicação da fonte com as cores fosse suficiente para criar associação com a rede Drogafuji, fortalecendo a marca.

Após os ajustes da identidade visual, padronizamos os espaços físicos das lojas. Criamos regras de aplicação para:

• peças de sinalização;
• alturas e disposições de gôndolas e prateleiras;
• aplicação de publicidade dentro e fora da loja;
• sinalização de lojas 24h;
• uso de showrooms de produtos hospitalares e vitrines;
• regras de manutenção do espaço físico;
• disposição de estoque, sala de aplicação, balcão de medicamentos, caixa e outras áreas;
• acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção.

Todas as adaptações que propomos para a Drogafuji não diminuem a quantidade de produtos expostos na loja ou o ticket médio. Simplesmente organizam o espaço físico e padronizam as lojas da rede.

Por fim, fizemos o novo layout para o site de e-commerce. Nesse processo, analisamos os concorrentes e similares, para saber como é o comércio desse tipo de produto e suas influências no layout. Também buscamos entender como funciona a venda de medicamentos, aparelhos hospitalares e cosméticos, para assim propor novas soluções que aumentassem o poder de venda.

Feito o panorama do mercado, voltamos nossa atenção para o site da Drogafuji, diagnosticando uma série de erros de navegação e outros possíveis problemas. Essa tarefa extrapolava o trabalho de layout, mas é determinante para a qualidade do resultado final.

Esses dados geram insumos fundamentais para a execução. Esse processo começa com esboços que buscam separar e organizar todo o conteúdo do site em áreas (parte institucional, menus, produtos, banners, área de login, etc). Em seguida, é desenvolvido um wireframe, que é uma construção simples de todo o conteúdo do site, servindo como base para toda a sua organização. É o esqueleto do site a ser desenvolvido. A seguir, a transição entre o wireframe e a tela do site que foi ao ar.

Com o wireframe pronto e aprovado, partimos para a construção do layout, que são telas em Photoshop com uma imagem praticamente igual ao site quando estiver pronto e navegável. Nesse processo levamos em consideração algumas especificidades do comércio de medicamentos. É comum vermos um “carrinho de compras” em e-commerce, mas não em drogarias. Portanto, substituímos o carrinho pela cesta de compras. Da mesma forma, o símbolo de frete não poderia ser um furgão, mas sim uma moto de entrega, que é o mais comum nesse caso. São sutilezas, mas que ajudam a criar um ambiente mais próximo do real, facilitando a integração de novos usuários ainda não adaptados ao ambiente de compras virtuais.

O Grande Circular não foi responsável pelo desenvolvimento do sistema de e-commerce e pela implementação em HTML/CSS do site da Drogafuji, mas trabalhou em estreita colaboração com a equipe responsável, para que o resultado final fosse como o planejado.

Esse projeto reforça o nosso interesse em desenvolver soluções para negócios locais, aumentando o potencial das empresas de Brasília. É possível executar projetos com padrão de alto nível, mesmo em cidades de porte médio.