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Centro Cultural Wolof - P2 - UFRGS

Centro Cultural Wolof

O 4º Distrito e o Bairro Floresta
O Quarto Distrito envolve atualmente, os bairros Humaitá, Farrapos, São João, Navegantes, São Geraldo e o Floresta. Este setor de Porto Alegre já teve um grande potencial econômico, devido ao desenvolvimento industrial a partir de 1920, atraiu imigrantes de várias partes do mundo, gerando miscigenação não apenas na sociedade, mas na paisagem, através do desenvolvimento de várias tipologias arquitetônicas.
A partir do desenvolvimento urbano, com a chegada da linha férrea e da abertura da Avenida Farrapos, houve uma segregação crucial no distrito, que foi sentenciado pelo Plano Diretor de 1959, no qual restringia o uso residencial e de lazer. O Plano somado ao abandono das grandes áreas industriais colaborou para a decadência da região e o surgimento de várias tentativas de revitalização a partir do reuso industrial.
O cenário atual é de estagnação urbana, violência, insegurança e risco de gentrificação, do lugar que possui valor histórico, social e cultural para Porto Alegre, mas que foi esquecido. Entretanto, a partir do incentivo da Economia Criativa, como os brechós, a arte, as feiras, ainda há quem acredite que o Quarto Distrito pode ser requalificado.

Pavilhão - Antiga Fábrica de Balanças
A antiga fábrica de balanças de farmácia e laboratório Santo Antônio, localizada na Rua Almirante Barroso, 446 - Floresta, é o objeto de intervenção.
Este conjunto de edifícios-pavilhão, pela sua tipologia demonstra uma versatilidade para absorver distintos programas, o que desperta interesse no reuso ou requalificação do mesmo, em decorrência das potencialidades da sua localização, bem como para levantar hipóteses da sua evolução cronológica.
Apresenta características tipológicas similares a outros edifícios industriais do mesmo período, como a modulação, cimalha, ornamentação e a fachada com demarcação dos pilares.

Programa
A partir das análises da macro área, as diretrizes foram definidas, e consequentemente surgiu a proposta de programa de necessidades para o objeto de intervenção. Essa proposta une as diretrizes somadas as necessidades mais emergentes dos imigrantes senegaleses, que foram sugeridas pelo então Presidente da Associação Senegalesa de Porto Alegre, Mor Nadiaye.
Logo, o objeto de intervenção, se compõe por três setores: público, semi-público e privado. O setor público conta com um espaço para exposições, sala jurídica, sala de atendimento psicossocial, biblioteca e espaço de oração.
No setor semi-público, as salas de aula, os ateliês, o restaurante, o Café, o espaço de dança e o espaço de luta. Na esfera privada, a sala da administração e a sala da associação são os componentes.
A configuração espacial dos elementos se dá a partir da modulação dos pilares e seu alinhamento, criando assim um espaço densificado e um mais fluído, no qual é possível ter a visão total do pé direito original. No anexo, a espacialidade se dá por uma planta tripartida que gera um núcleo de serviços e circulação e consequentemente, planta livre.

Caderno de Projeto utilizado até a definição do partido:
https://issuu.com/ingridoliveira89/docs/ingrid_--entrega_3



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