Gosto de ver as pessoas se sentirem confiantes e empoderadas. 

Eu trabalho com empoderamento, empodero pessoas com roupas, alinho discursos, cenários, cores e contextos com roupas. É deixar o auto-centrismo de lado e focar no outro. Exige muita entrega e empatia. Gosto de ver as pessoas se sentirem confiantes, seguras e dando o arremate final para que o trabalho do outro seja entregue também com esse afinamento. Saber que o trabalho daqui vai impactar positivamente lá, que vai fluir e harmonizar. 

Mas queria compartilhar sobre uma reflexão de uma grande figurinista, a da Tropicália. Talvez não conheça, mas é de grande sabedoria... “Ser figurinista não tem a ver com moda. Para mim isso tem a ver com comunicação e com transformação. A roupa é uma linguagem extremamente importante. Você só existe em grupo, um grupo pequeno, pode ser de dois, duas
pessoas. Você se apresenta diante do outro dizendo o que você quer ser. A nudez é uma língua, é uma roupa muito sincera – a mais sincera de todas! Mas você poucas vezes está nu diante do outro, em poucos momentos, não é sempre. Então no momento que você adorna seu corpo, você está vestindo um figurino. Seu corpo é uma linguagem” (BONI, Regina).

Jornal do Almoço/Bom Dia Rio Grande/RBS Notícias: Brunna Colossi