Etnografia
Vídeo instalação 4'29  2018
Na Europa, diversas coleções arqueológicas e etnográficas incluem objetos e restos mortais oriundos de comunidades indígenas, vivas ou desaparecidas, que foram adquiridos em contextos coloniais ou imperiais. Nos últimos anos, alguns museus europeus têm procurado lidar com esta herança problemática. Entre os esforços de descolonização contam-se a repatriação de objetos e restos mortais; a consulta e colaboração com membros das comunidades de origem; a incorporação nos quadros dos museus de especialistas cujo posicionamento metodológico questiona a unilateralidade das teorias científicas ocidentais, incluindo especialistas oriundos de comunidades que sofreram danos em resultado da pesquisa arqueológica e etnográfica; a criação de programas de investigação e criação artística para a reinterpretação das colecções; e a reformulação da linguagem museológica para envolver de raiz uma reflexão aprofundada sobre a relação dos aparatos científico e museológico com o colonialismo e os seus efeitos na sociedade de hoje.

Num ato performativo simbólico, Denilson Baniwa assume a pose dos corpos cativos em vitrines de museu, recriando e experimentando simbolicamente no corpo vivo a condição de captura reiterada pelo dispositivo museológico.

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