A mascara
Todos nós temos mascaras, diversas mascaras do acordar ao dormir, todos os dias.
Vivemos múltiplas facetas acompanhadas de incontáveis variações de pensamentos, sentimentos e emoções.
Vivemos múltiplas facetas acompanhadas de incontáveis variações de pensamentos, sentimentos e emoções.
Somos um carrocel movido por uma infinita energia atômica onde brinca uma criança que não se cansa de repetir as mesmas ações.
O problema de não encontrar nossos defeitos é nunca assumir nossas mascaras, e já nem mesmo lembramos delas, pois elas já nos possuem a tal ponto de não lembrar da existência do rosto por trás de todas as mascaras.
Por ter caído no vazio ecoante do esquecimento ele foi se comprimindo em silencio e dando ainda mais espaço para as novas mascaras se alojarem.
Por fim ocultou a sua sutil presença e submergiu em um sono profundo.
O problema de não encontrar nossos defeitos é nunca assumir nossas mascaras, e já nem mesmo lembramos delas, pois elas já nos possuem a tal ponto de não lembrar da existência do rosto por trás de todas as mascaras.
Por ter caído no vazio ecoante do esquecimento ele foi se comprimindo em silencio e dando ainda mais espaço para as novas mascaras se alojarem.
Por fim ocultou a sua sutil presença e submergiu em um sono profundo.
Um dia, e dependerá, se seus calos ainda nessa terra se encontrar, e o quanto de poeira levantou na estrada da vida, cedo ou tarde perceberá que não existirá novas mascaras que caibam em você, as antigas estarão muito obsoletas, desesperadamente irá retirar e por uma após a outra, e nada agradará, umas rachadas, outras partidas, folgadas, ou apertadas, sentirá desesperadamente a necessidade de usar algo novo, exclusivo, inédito, algo que tenha a sua cara... Sentirá um aperto no peito e uma voz baixinha repetirá: "Que tenha a minha cara." Ainda com a ultima mascara em mãos, aquela boa e velha mascara de infância que sempre funcionava em todas as circunstancias, aquela mascara que tornou-se a boa e velha amiga escudeira, ainda com a mascara da alegria em mãos, olhará para o espelho e após muito tempo verá você mesmo sem mascara alguma e o que reflete é um borrão escuro e denso, seu rosto não estará mais lá.
Surgirá o desespero...
...
Não se preocupe, se tocou em seu rosto e se deu conta de sua mascara, novamente eu digo, não se preocupe, estou voltando desse desespero com meu rosto para te contar o que fazer para recuperar o seu também, não se desespere. Existe um segredo, existe uma forma de acordar seu rosto e resgatá-lo, preste muita tenção.
Surgirá o desespero...
...
Não se preocupe, se tocou em seu rosto e se deu conta de sua mascara, novamente eu digo, não se preocupe, estou voltando desse desespero com meu rosto para te contar o que fazer para recuperar o seu também, não se desespere. Existe um segredo, existe uma forma de acordar seu rosto e resgatá-lo, preste muita tenção.
Por mais que grite ele não vai te ouvir, se entrar na caverna despreparado para tentar encontra-lo poderá perder-se, e mesmo que o encontre não conseguirá desperta-lo.
Escuta-me, organiza suas antigas mascaras uma a uma, e dirigindo-se para todas elas, reconhecerá por si próprio que elas não são você. Após isso, precisará de uma espada e um escudo, e antes de penetrar o seu próprio vazio para encontrar sua verdadeira face, adentra o vazio de suas mascaras, identifica o coração núcleo delas e a destrua com as próprias mãos, volte com a energia que elas mantinham como refém. Após vasculhar e tornar-se perito em todas as vielas obscuras de suas mascaras, bata as poeiras das suas sandálias, leva as energias acumuladas em uma bolsa resistente e parta para seu encontro.
E, bem lá no fundo, como a densa noite da praga do Egito, será o escuro onde o encontrar, e apesar de todo o breu tentar, ele nunca conseguiu de fato o apagar.
Abre agora sua bolsa e deixa a energia se espalhar, iluminando tudo completamente impulsionando seu eu a acordar.
Escuta-me, organiza suas antigas mascaras uma a uma, e dirigindo-se para todas elas, reconhecerá por si próprio que elas não são você. Após isso, precisará de uma espada e um escudo, e antes de penetrar o seu próprio vazio para encontrar sua verdadeira face, adentra o vazio de suas mascaras, identifica o coração núcleo delas e a destrua com as próprias mãos, volte com a energia que elas mantinham como refém. Após vasculhar e tornar-se perito em todas as vielas obscuras de suas mascaras, bata as poeiras das suas sandálias, leva as energias acumuladas em uma bolsa resistente e parta para seu encontro.
E, bem lá no fundo, como a densa noite da praga do Egito, será o escuro onde o encontrar, e apesar de todo o breu tentar, ele nunca conseguiu de fato o apagar.
Abre agora sua bolsa e deixa a energia se espalhar, iluminando tudo completamente impulsionando seu eu a acordar.
-Michel Nery
The mask
We all have masks, several masks from waking to sleeping, every day. We live multiple facets accompanied by countless variations of thoughts, feelings and emotions. We are a carcel powered by an infinite atomic energy where a child plays, who never tires of repeating the same actions. The problem of not finding our faults is never to take our masks, and we do not even remember them anymore, because they already have us to the point of not remembering the existence of the face behind all the masks. For having fallen into the echoing void of oblivion he was squeezing in silence and giving even more space for the new masks to lodge. At last he hid his subtle presence and submerged himself in a deep sleep.
One day, and it will depend, if your calluses still on this earth meet, and how much dust has lifted on the road of life, sooner or later you will realize that there will be no new masks that will fit you, the old ones will be very obsolete, one after another, and nothing will please, cracked, other matches, loose or tight, you will desperately feel the need to use something new, exclusive, unheard of, something that has a face... You will feel a tightness in the chest and a "Let me have my face." Still with the last mask in hand, that good old childhood mask that always worked in all circumstances, that mask that became the good old friend of the squire, still with the mask of joy in hand, will look at the mirror and after a long time you will see yourself without a mask and what you reflect is a dark and dense blur, your face will no longer be there.
Despair will arise...
...
Do not worry, if you touched his face and noticed his mask, again I say, do not worry, I'm coming back from this desperation with my face to tell you what to do to recover yours too, do not despair. There is a secret, there is a way to wake your face and rescue it, give it a lot of attention.
No matter how much he shouts he will not hear you, if you enter the cave unprepared to try to find him you may be lost, and even if you find him you will not be able to wake him.Listen to me, organize your old masks one by one, and addressing all of them, you will recognize for yourself that they are not you. After this, you will need a sword and a shield, and before entering your own emptiness to find your true face, enter the emptiness of your masks, identify their core heart and destroy it with their own hands, return with the energy that they held hostage. After scouring and becoming expert in all the dark alleys of your masks, tap the dusts of your sandals, take the energies accumulated in a sturdy bag and depart for their encounter.
And deep down, like the dense night of the plague of Egypt, it will be the dark where to find it, and despite all the pitch try, he never really managed to extinguish it.Now open your purse and let the energy spread, illuminating everything completely propelling your self to wake up.
