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Sobre Bauman e Streep

Sobre Bauman e Streep (janeiro/2017)

A morte do sociólogo Zygmunt Bauman (referência constante e presente nas estantes e
tablets de antropólogos e pesquisadores de tendências) aconteceu um dia após o icônico
discurso da atriz Meryl Streep no Golden Globe. Rascunhamos algumas linhas sobre a
relação entre os dois acontecimentos. 

Hoje (09 de janeiro) o mundo perdeu um dos sociólogos mais respeitados. Zygmunt
Bauman, nasceu na Polônia em 1925, escapou do Holocausto fugindo com a família para a Rússia, estudou na Universidade de Varsóvia, onde conheceu Janina, com que foi casado por 55 anos e teve 3 filhas. Após a guerra, voltou para seu país de origem onde filiou-se ao Partido Comunista.

Dentre as mais de cinquenta obras e conceitos que desenvolveu, a mais famosa é a da
“modernidade líquida”, conceito este que – segundo o autor – a pós-modernidade trouxe.
Bauman defendia que os pensamentos deveriam sair da caixinha, o campo de visão
deveria ser ampliado, de acordo com a fluidez que o novo mundo exigia. Barreiras e
paradigmas deveriam ser quebrados. Desigualdades e injustiças deveriam ser combatidos. Representatividade sempre importou!

Bauman estava tão correto em seu conceito, que o discurso direto e reto de Meryl Streep
feito ontem no Globo de Ouro reforçou tudo que ele sempre exaltou. Era tão sábio que saiu em grande estilo, como sempre! Você está mais do que fundamentado, Zygmunt, deve ter ido em paz e sorrindo orgulhoso. 

Obrigada <3

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