04/10/2012
De saias, às urnas
Há oitenta anos, as mulheres brasileiras votavam pela primeira vez.
Por: Camille Dornelles
No dia 7 de outubro, haverá eleições em todo o país. Neste dia, todos os brasileiros maiores de 16 anos terão a chance de escolher bons políticos para governar suas cidades, num exercício de democracia aberto a toda a população. Mas nem sempre foi assim. Você sabia que houve uma época em que as mulheres simplesmente não podiam votar?
De saias, às urnas
Há oitenta anos, as mulheres brasileiras votavam pela primeira vez.
Por: Camille Dornelles
No dia 7 de outubro, haverá eleições em todo o país. Neste dia, todos os brasileiros maiores de 16 anos terão a chance de escolher bons políticos para governar suas cidades, num exercício de democracia aberto a toda a população. Mas nem sempre foi assim. Você sabia que houve uma época em que as mulheres simplesmente não podiam votar?
Há eleições no Brasil desde a Proclamação da República, em 1889. Porém, no início, apenas homens com mais de 21 anos que soubessem ler e escrever podiam votar. Somente em 1932 as primeiras mulheres foram às urnas, após um decreto do então presidente Getúlio Vargas.
A mudança foi boa para o país: a educação e a saúde melhoraram muito depois que as mulheres se tornaram eleitoras. É que, após conseguir esse direito, as brasileiras começaram a estudar mais para poder exercê-lo.
Com maior nível educacional, as mulheres entraram no mercado de trabalho e melhoraram também suas condições de saúde”, conta o economista José Eustáquio Alves, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “Ter maior qualidade de vida e maior autonomia foi bom não somente para as próprias mulheres, mas também para seus filhos, para suas famílias e para toda a sociedade.”
A mudança foi boa para o país: a educação e a saúde melhoraram muito depois que as mulheres se tornaram eleitoras. É que, após conseguir esse direito, as brasileiras começaram a estudar mais para poder exercê-lo.
Com maior nível educacional, as mulheres entraram no mercado de trabalho e melhoraram também suas condições de saúde”, conta o economista José Eustáquio Alves, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “Ter maior qualidade de vida e maior autonomia foi bom não somente para as próprias mulheres, mas também para seus filhos, para suas famílias e para toda a sociedade.”
Na luta pelo direito ao voto feminino, uma cientista teve papel de destaque: a bióloga Bertha Lutz. Em 1922, ela ajudou a fundar e presidiu a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, organização que buscava promover a educação e a profissionalização das mulheres. Ela não só liderou a campanha pelo voto feminino, como também pelo direito de as mulheres se candidatarem – a própria Bertha foi eleita deputada federal em 1936.
Você pode estar se perguntando: por que toda essa luta para votar? Ora, porque é uma oportunidade importante de participar do futuro do país! “Votar é expor nossa satisfação ou insatisfação com a atuação dos políticos eleitos ou candidatos. Se não participamos, abrimos mão desse direito”, explica a socióloga Clara Maria de Oliveira Araújo, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Após 80 anos participando das eleições, as mulheres brasileiras têm muito que comemorar. Hoje, o Brasil já tem mais mulheres do que homens votando, e até uma presidente mulher. “Poucos países até hoje tiveram mulheres como governantes”, lembra Clara. Parabéns para as brasileiras!
Você pode estar se perguntando: por que toda essa luta para votar? Ora, porque é uma oportunidade importante de participar do futuro do país! “Votar é expor nossa satisfação ou insatisfação com a atuação dos políticos eleitos ou candidatos. Se não participamos, abrimos mão desse direito”, explica a socióloga Clara Maria de Oliveira Araújo, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Após 80 anos participando das eleições, as mulheres brasileiras têm muito que comemorar. Hoje, o Brasil já tem mais mulheres do que homens votando, e até uma presidente mulher. “Poucos países até hoje tiveram mulheres como governantes”, lembra Clara. Parabéns para as brasileiras!