Lume é um projeto pensado para o Espaço do Conhecimento UFMG, um espaço de formação e divulgação científica criado para aproximar a população do conhecimento através de recursos tecnológicos e audiovisuais, de maneira lúdica e interativa. Localizado em Belo Horizonte/MG, integra o Circuito Cultural Praça da Liberdade - o maior complexo cultural do país atualmente.
Mesmo pertencendo a este complexo, a instituição cultural carece de divulgação entre os moradores da cidade e também entre a comunidade acadêmica a qual pertence. A falta de interesse em visitar o local não se dá pelo seu conteúdo, mas sim pela falha na visibilidade tanto arquitetônica como de comunicação com seu público.
Detectados esses aspectos foi proposto um projeto de intervenção para que o público crie vínculos com o Espaço do Conhecimento UFMG através de experiências visuais.
O projeto Lume tem como objetivo fazer pela instituição o que ela faz por seus visitantes ao explicar desde microbiologia até galáxias: desembaralhar a informação, transformando-a em conhecimento; tornar o invisível, visível.
Ilustrações embasadas nas temáticas das exposições permanentes foram criadas para compor uma estampa a ser aplicada na fachada do edifício - em lona ortofônica para não interferir nas projeções da fachada digital do prédio - a fim de chamar a atenção dos transeuntes por suas cores e ilustrações em um diálogo com sua estética arquitetônica. Outra consideração é que essas ilustrações inicialmente se apresentam embaralhadas e se tornam compreendidas a partir da aquisição de conhecimento.
A partir da ideia de que uma visita ao Espaço do Conhecimento UFMG abre portas para um mundo ainda não explorado foram criados três personagens inspirados no imaginário infantil que exploram uma nova forma de transmissão do conhecimento. Os personagens referem-se aos amigos imaginários, uma vez que grande parte do público do local é formado por crianças em atividades escolares. São eles: Cosmonauta, representante do planetário e do observatório, localizados no quinto andar do edifício; o Sauro, representante da evolução do universo, desde o Big Bang até o aparecimento do homem e suas pinturas rupestres, exposição localizada no quarto andar; e, a Curiósa, representante das explorações dos continentes através das navegações, da fauna e da flora, exposição localizada no terceiro andar.
Os personagens foram transformados em filtros a serem utilizados na observação da estampa exposta na fachada, revelando-se através deles novos desenhos e a individualização das cores, utilizando ciência e conhecimentos sobre absorção de luz. Esses filtros poderão ser entregues como um brinde, em formato de um marcador de páginas - objeto também relacionado diretamente ao conhecimento - quando o visitante adentra a sessão do planetário.
"A percepção realiza ao nível sensório o que no domínio do raciocínio se conhece como entendimento. Ver é compreender"
Rudolf Arenheim - semiólogo
Ao levar para casa esse objeto e ao ter participado de uma experiência absolutamente científica, porém quase mágica, acreditamos que o nosso objetivo de divulgar a instituição será atingido a partir de propaganda boca a boca, um meio eficaz de divulgação e um modo de se tornar referência.
Ainda dentro da proposta foi criado um conjunto com três livros e os três personagens. Os livros contém as ilustrações setorizadas por temas e textos explicativos sobre as exposições. Este conjunto pode ser vendido na recém inaugurada livraria do Espaço do Conhecimento UFMG, gerando renda para o mesmo.
O projeto ainda abre possibilidades para uma série de expansões, como a criação de novos personagens para a apresentação das exposições temporárias do segundo andar, criação de um vídeo promocional da ação a ser exibido na fachada digital, confecção de outros produtos utilizando a estampa final e os personagens, assim como jogos didáticos.
