J. Pedro Martins's profile

MONIKA SOSNOWSKA em SERRALVES

“Monika Sosnowska: Arquitetonização” é a primeira exposição em Portugal dedicada à obra escultórica de Monika Sosnowska e reflete o compromisso do Museu em trabalhar com artistas cuja obra possa responder ao contexto singular de Serralves. Nascida na Polónia e a trabalhar em Varsóvia, Sosnowska tem olhado con- sistentemente para a linguagem da arquitetura como uma forma expressiva. Os seus corredores e pavilhões sem fim, estruturas em aço retorcidas e comprimidas e móveis outrora funcionais dobra- dos numa tensão burlesca aludem a comunidades e histórias, bem como aos corpos e ideais que os sustentavam.
Concebida em diálogo com a arquitetura do Museu de Serral- ves, desenhado por Álvaro Siza, a exposição revela o percurso de uma artista que pensa a escultura não só como objeto físico mas também em termos de espaço, tempo e memória. Esculturas autónomas e intervenções escultóricas aludem ao colapso e ao fragmento enquanto corredores e estruturas labirínticas criam rotas espaciais e perspetivas visuais alternativas. Se as obras em grande escala em aço, compostas por elementos estruturais de edifícios, são fundidas em formas suspensas, pendentes e móveis, produzindo um efeito espetacular, as propostas espaciais em me- nor escala, tão abstratas quanto funcionais, revelam a atenção de Sosnowska aos detalhes de materiais e formas, ao mesmo tempo investigativos e profundamente humanos.
O título da exposição inspira-se nas experimentações espaciais do pintor Władysław Strzemiski e do escultor Katarzyna Kobro, que foram dos principais proponentes do modernismo utópico na Polónia e definiram o termo “arquitetonização” em 1931 para descre- ver a partilha de elementos formais entre arquitetura e escultura.
Apresentadas em sete galerias do Museu, bem como no átrio e no Pátio da Adelina, no exterior do edifício, as obras da exposição foram realizadas entre 2003 e 2015.
 
Monika Sosnowska nasceu na Polónia no ano de 1972. Estudou na Academia de Arte de Poznan e na Rijksakademie em Amesterdão em 1999–2000. Sosnowska foi artista residente no Atelier Calder, Saché, França (2014), Künstlerhaus Bethanien, Berlim (2004) e SAIR, Sapporo, Japão (2002). Em 2003 foi galardoada com o prestigiado prémio Baloise em Basileia, Suíça, e com o Politykas Passport Award atribuído pelo semanário mais influente da Polónia.
 
in, Roteiro da Exposição Monika Sosnowska | Arquitetonização | 20 FEV - 31 MAI 2015
Portugal, Porto, SERRALVES, Museu de Arte Contemporânea
FAÇADE (Fachada), 2013 | Monika Sosnowska         |      Photography (Fotografia), J. Pedro Martins © 2015
STAIRWAY (Escadas), 2010 | Monika Sosnowska         |      Photography (Fotografia), J. Pedro Martins © 2015
HOLE (Buraco), 2006-2008 | Monika Sosnowska         |      Photography (Fotografia), J. Pedro Martins © 2015
MARKET (Mercado), 2012-2014 | Monika Sosnowska         |      Photography (Fotografia), J. Pedro Martins © 2015
ANTECHAMBER (Antecâmara), 2011 | Monika Sosnowska         |      Photography (Fotografia), J. Pedro Martins © 2015
UNTITLED (Sem Título), 2012 | Monika Sosnowska         |      Photography (Fotografia), J. Pedro Martins © 2015
 
BALUSTRADE (Balaustrada), 2015 | Monika Sosnowska         |      Photography (Fotografia), J. Pedro Martins © 2015
"Monika Sosnowska: Architectonisation’ is the first exhibition in Portugal devoted to Monika Sosnowska’s sculptural oeuvre and reflects the Museum’s commitment to artists whose work can respond to the unique context of Serralves. Born in Poland and based in Warsaw, Sosnowska has consistently looked to the language of architecture as an expressive form. Her corridors and pavilions with no end, twisted and compressed shells of standard steel-frame structures and once functional furniture bent into burlesque distress allude to communities and histories and the bodies and ideals that sustained them.
Conceived in dialogue with the architecture of the Serralves Museum designed by Álvaro Siza, the exhibition reveals the elaboration of an artist who thinks sculpture not only as physical object but also in terms of space, time and memory. Free-standing sculptures and sculptural interventions allude to collapse and the fragment while corridors and labyrinthine structures create alternative spatial routes and visual perspectives. If the large-scale wrought steel works composed of structural elements for buildings are melded into suspended, draped and shifting forms in space to monumental effect, smaller-scaled spatial propositions, both abstract and functional, reveal Sosnowska’s attention to the details of materials and forms as both investigative and deeply human.
The exhibition’s title is inspired by the spatial experiments of Władysław Strzemiński and Katarzyna Kobro, who were among the leading proponents of utopian modernism in Poland and who defined the concept of ‘architectonisation’ in 1931 to describe the sharing of formal elements between architecture and sculpture.
Presented over seven galleries of the Museum, as well as the atrium and the Pátio da Adelina, outside the building, the works in the exhibition were made between 2003 and 2015.
 
BIOGRAPHY
Monika Sosnowska was born in Poland in 1972. She trained at the Art Academy in Poznan and at the Rijksakademie in Amsterdamin1999–2000.Sosnowskawas the Resident Artist at Atelier Calder, Saché, France (2014), Künstlerhaus Bethanien, Berlin (2004) and S-AIR, Sapporo, Japan (2002). In 2003 Sosnowska was awarded the prestigious Baloise Art Prize in Basel, Switzerland, as well as the Polityka’s Passport Award given by Poland’s most influential weekly newspaper.
MONIKA SOSNOWSKA em SERRALVES
Published: