Isa Afonso's profile

Self-Representation

Este projecto foi realizado em Design I, no segundo ano da Licenciatura.
O tema é "Auto-representação", e as regras que tínhamos de cumprir era a existência de texto e imagem, e fazer 3 posters de tamanhos diferentes. Assim sendo, um é A4, outro A3 e o último, A2.
Tanto o texto como as ilustrações, são a minha pessoa sem que me dê a conhcer verdadeiramente. Quis aqui criar um paradoxo sobre identidade, em que mostro o mais pessoal de mim, como impressões digitais ou palmares, que são únicas, e o meu pensamento, partes de mim que mais ninguém pode "copiar" e ao mesmo tempo, nada disso me torna reconhecível porque não temos a capacidade de distinção ou compreensão de reconhecer alguém meramente a partir destes elementos.
This project was made in second year, in Design I, and it consisted in make 3 posters with the theme: “Self-representation”. The rules were the three of them needed to be for three different sizes, so the first one is in A4, the second one, in the middle, is A3, and of course, the third, the last one, is A2. I chose a minimalist representation, where the illustration is related to the words in the text. I’m kinda of a metaphoric person, and what I wrote to describe myself doesn’t describe the real me, but more of what I think and what I feel about what others may think of me. So, in those words, I talk about me without really do it, so I chose my finger, palm and foot prints to illustrate precisely that: they are unique, no one else have the same as me, however, just by look at them, no one can say they know me.
Texto dos Cartazes:
 
Conhecer realmente uma pessoa é algo que demora tempo, e mesmo assim só conhecemos aquilo que nos deixam conhecer. Darmo-nos a conhecer também não é fácil, nem simples, porque temos sempre de pensar no que queremos revelar sobre nós mesmos, afinal de contas, defeitos e problemas são sempre mais fáceis de ver e de arranjar mesmo sem os mostrar. Já muito disseram sobre mim, nem tudo verdade, nem tudo mentira, nem tudo explicado, não é que me incomodeque as pessoas opinem, mas confesso que não aprecio que lhes falte coragem de o fazerem directamente à minha pessoa e que não esclareçam porquê. Sinceramente, não gosto de falar do passado, o presente não precisa de ser falado, e do futuro não sei falar. Posso dizer o que gostaria que acontecesse, o que quero que aconteça, mas que sei eu? Digo que quero sempre crescer enquanto pessoa, quero viajar e explorar sítios magníficos, conhecer mais pessoas inesquecíveis, criar a minha independência, quero ir em frente e poder recordar o que deixei para trás, sem arrependimentos. Mas depois de pensar isto, acordo para a realidade e percebo que ninguém vive assim, sem arrependimentos, que ninguém vive do que deseja, que ninguém é o que quer ou faz pura e simplesmente  o que lhe apetece. Dizem-nos sempre para aproveitarmos a nossa vida sem deixarmos que outras pessoas a definam em nosso nome, mas a sociedade já faz isso por nós. János nos coloca limites, já nos cria para sermos e vivermos moldados à sua vontade, e eu acabo por achar triste, muito triste que não sejamos capazes de nos revoltarmos, de impormos todas as nossas escolhas e de nos libertarmos  de mãos que nos prendem ao banal e ordinário! Mas talvez o problema também seja meu, abstraio-me demasiado em livros enormes de seres
fictícios, ou em filmes de realidades paralelas ou em séries com histórias irreais, mas honestamente, toda essa ficção é mais cativante do que apenas olhar pela janela e ver o que a realidade nos dá. Se me posso perder em momentos especiais com personagens que admiro, porquê encontrar-me em lugares conhecidos com pessoas previsíveis? Há uns tempos escrevi este microconto: “Tinha todos aqueles livros para ler, todas aquelas histórias para admirar… Mas no fundo, queria apenas ter a sua própria história para contar. Porém, como a de muitos outros, a sua vida era ainda um livro em branco e ela não sabia usar as palavras para o escrever como gostaria.” Embora possa parecer até muito abstracto, acredito que isto resume praticamente tudo aquilo que eu  sei, posso e quero dizer aqui. Isa Afonso
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This project consisted in make 3 posters with the theme: “Self-representation”. The rules were the three of them needed to be for three different Read More

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