Nesta proposta fomos desafiados a pensar no livro enquanto objecto e de que formas podemos materializar o livro.
Seis textos de Gonçalo M Tavares a encaminharem o pensamento, decidi escolher o texto 5  - “O livro que é para ler, o livro que é para ver”.
 
A minha primeira questão foi o que torna um livro, num livro?
Capa, contracapa, titulo, direcção da leitura, páginas?
E se um livro fosse escrito ao contrário?
Ou para dentro, como se fosse apenas para ele mesmo?
 
Desta forma, decidi tornar a minha ideia um pouco mais conceptual.
 
No texto de Gonçalo M Tavares, ele diz que apenas as crianças de seis anos lêem, por causa da forma como lêem. Desconstroem cada letra à sua forma mínima, ao contrário dos adultos, que apenas vêem formas já memorizadas que se transformam em palavras. E as palavras tornam-se, assim, objectos.
 
Então, o que eu faço, é desconstruir a palavra “LIVRO”, cada letra com a sua forma mínima, para que possamos absorver e reaprender a ler. Termino com um livro em vector porque, quando finalmente temos a palavra, passa a palavra-objecto. Ter então a palavra ou uma representação do objecto, é igual.
 
Utilizei a encadernação japonesa como uma forma de pensarmos no que é um livro. Será que por ter o texto no seu interior, deixa de ser um livro? Será que quando o texto está escondido, ele deixa de existir?
Projecto Académico
 
ESAD 2014, Junho
UC Grafismos e Merchandising
Prof. Margarida Azevedo
 
Tipografia
Gotham HTF de Tobias Frere-Jones
 
Fotografia Diana Fernandes
l--i--v--r--o
Published: