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SENGE/RS | 2014 - 5º Lugar

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SENGE-RS | 2014
Porto Alegre, RS
Para conceber um novo edifício para o SENGE-RS no local proposto, confrontavam-se séries de premissas que devem ser levadas em consideração.

- Entender a importância da instituição para assistência aos profissionais e representação da categoria, traduzida em uma definição clara dos diferentes caráteres das edificações.
- Qualificar a situação imaginada, bem como se adequar ao contexto existente. Priorizando a relação entre estas duas partes em benefício do todo. A futura expansão e a existência atual formando uma simbiose buscando os mesmos objetivos.
- Proporcionar ao público, seja este de usuários diretos ou indiretos do novo complexo um novo equipamento urbano para integração do sindicato com a comunidade vizinha.
- Garantir a interação entre a interface novo-antigo, mantendo suas características e proporcionando novos tipos de relação, que não eram possíveis sem a existência do novo contexto geral. Assim agregando valor ao antigo e ao mesmo tempo condicionando o novo.

Para tanto, buscou-se entender a expansão do SENGE-RS não como um único edifício, mas como um agregado de partes que visam qualificar o todo. Ainda assim buscando manter caracterizações diferentes para as duas empreitadas.

Buscando integrar o sítio como um todo se partiu da criação de um embasamento integrador, abraçando o edifício existente e servindo de abrigo às atividades de maior contato com o público externo, criando uma nova galeria entre os dois contextos bairrísticos existentes e conectando as duas ruas do terreno.

O segundo ato que conforma o partido geral é o pódio criado pelo novo embasamento. Neste, o novo edifício se assentará, confrontando o antigo edifício, separados por uma grande praça definindo a individualidade de cada parte, mas que se conectam no embasamento, formando o novo complexo do SENGE-RS.

EDIFÍCIO EXISTENTE

O atual espaço do SENGE-RS se conforma em um lote de esquina que se conforma pelo terreno livre que abraça o edifício servindo de estacionamento para a demanda atual dos serviços do sindicato. Trata-se de um edifício compartimentado para atendimento ás funções aglutinadas da rotina diária da instituição.
Para a nova proposta de uso e ocupação do edifício existente, buscaram-se as seguintes motivações e premissas:

1-    Manutenção da originalidade técnica e estética do edifício, que já possui um funcionamento e identidade consolidada, focando esforços na ampliação proposta;
2-    Reformulação interna de usos para um layout mais amplo possível, podendo ser aproveitado para futuras ampliações de pessoal e patrimônio;
3-    Integração com o edifício existente seguindo o partido principal descrito anteriormente, se conectando à nova empreitada pelo embasamento e definindo a relação novo-antigo.
A hierarquização programática desta edificação se estabelece principalmente pela existência do núcleo de circulação e serviços, disposto no centro do terreno, cujas áreas de trabalho se dispõem de modo adjacente à área servidora.

Essa concepção projetual deveria ser mantida. Bem como a linguagem da edificação, alterando-se apenas o layout interno das áreas de trabalho, cujo desenho foi elaborado buscando-se manter um espaço de trabalho amplo e pouco compartimentado, facilitando a comunicação entre funcionários do SENGE-RS.
A nova setorização da edificação se baseou em áreas que poderiam ter mais contato com o público e outras áreas, de caráter privativo, localizadas em níveis mais isolados da circulação de público e atendimento. Buscou-se manter a definição do térreo, para atendimento e controle de acesso, buscando manter o caráter da edificação.

O Mezanino receberá áreas de pouca atividade, como arquivo morto e depósito. O primeiro pavimento, por sua vez, a biblioteca. O segundo pavimento abrigará as áreas de secretarias e áreas de tecnologia da informação. Os próximos pavimentos foram encarregados das áreas gerais de trabalho, coordenação e diretoria, respectivamente no quarto, quinto e sexto pavimentos, assim como o espaço de eventos no quinto pavimento.

AMPLIAÇÃO, SETORIZAÇÃO E PROGRAMA

Para a setorização geral do programa da ampliação da sede, buscou-se integrar o público externo com atividades públicas na galeria e primeiro pavimento, gerando um novo desenho e vida para o espaço público. Para tanto, é interessante que o setor público e semipúblico do programa se voltem para as ruas e estejam em contato direto com a comunidade.

A partir de então, define-se as áreas de trabalho, de caráter mais privativo e controlado, distribuídas por pavimentos em um grande bloco em planta livre, elevado de todo o contexto público/semipúblico, dividido em dois pavimentos de escritórios de coworking, um pavimento intermediário de escritórios administrativos e outros dois pavimentos de salas de cursos ofertados pelo SENGE-RS.

As áreas de estacionamento e infraestrutura se localizam no subsolo, em quatro pavimentos. Tal decisão foi tomada para conectar as atividades do SENGE-RS com o espaço público, evitando-se construir em altura exacerbada, livrando totalmente a possibilidade de conflitos entre modais de transporte e pedestres na área de galeria pública e do bloco de escritórios, possibilitando uma melhor soltura e relação entre os edifícios do complexo do SENGE-RS.

Todos estes setores serão servidos por um grande núcleo de apoio, responsável pela distribuição de fluxos de circulação de usuários, bem como de áreas molhadas, circulação de emergência e áreas de serviço, adjacente à divisa vizinha.

EMBASAMENTO

O embasamento público se comunica como um grande volume estereotômico gerado por ações projetuais de adição e subtração – uma lapidação – de massa construída. Esse embasamento possui a capacidade de se adaptar às divisas do terreno, pela construção de paredes de concreto, literalmente, moldando-se à condição existente e abraçando a edificação atual. Imagina-se o embasamento como um grande dispositivo conector entre as ruas, do edifício existente e com a ampliação.

ESTRUTURA

A estrutura se desenvolverá em concreto armado, pelo sistema de pilares e lajes nervuradas. O Subsolo ocorrerá primeiramente na contenção das divisas em paredes-cortina de concreto, bem como a definição da malha de estrutura e pontos de lançamento de pilares e fundações.

Todas as lajes serão no sistema de nervuras apoiadas por pilares de seção redonda, estabelecendo uma grelha no bloco de áreas de trabalho de 8,60 x 7,70 m entre os pilares e balanços da ordem de 3,70 m nos lados transversais das lajes e 3,45 m nas bordas longitudinais.

Optou-se pela utilização de sistemas baseados em concreto pela facilidade de disponibilidade local e adaptação da mão-de-obra existente, bem como pela conexão entre os edifícios.

PELE ENVOLTÓRIA

A pele envoltória do novo edifício se desenvolverá basicamente em duas camadas. A primeira, ou direta, que se trata de uma grande parede de vidro com esquadrias de alumínio, possibilitando ventilação e iluminação natural, bem como contato visual entre todo contexto.

A segunda camada consiste na membrana envoltória que visa à proteção solar direta, através da instalação de uma telha metálica perfurada, que garante difusão de parte da radiação direta do Sol e comunicação visual entre ambiente externo e interno. Essa pele envoltória se liga à edificação através de braços metálicos presos à laje, que por sua vez, ancoram quadros triangulares que se destacam para suporte e fixação da membrana perfurada.

A composição da fachada se desenvolve de modo a conferir distinção entre os dois caráteres arquitetônicos existentes. O novo e o antigo, confrontados, unidos por um embasamento estereotômico. De um lado uma estrutura tectônica que expressa dinamismo que se destina a novos públicos e usuários do SENGE-RS, ao outro lado, o legado do sindicato, coeso e regular.

EQUIPE 

Arq. Alexandre Garcia Strozzi
Arq. Gabriel Zem Schneider
Arq. Giovanni Guillermo Medeiros
Arq. Gilberto Baroni Junior
Eng. Ignacio Herrera Garcia
Arq. João Gabriel Küster Cordeiro
Arq. Thiago Augustus Prenholato Alves
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