Hoje irei apresentar a vocês a Maria, 51 anos, casada, tem três filhos e é costureira. Nas suas horas livres ela pratica leitura e faz artesanato. Começou na costura ainda muito jovem, ajudando a mãe. Quando se casou foi presenteada com uma máquina, dado isso, passou a costurar para ela, amigos e hoje possui uma loja online de peças feitas em crochê onde consegue uma renda extra para complementar o orçamento familiar. Assim como Maria teve essa oportunidade de aprender uma profissão, existem diversas jovens em busca da sua primeira oportunidade de emprego, de se capacitar e exercer alguma atividade que ajude a transformar a suas vidas. 

Destaca-se que é preciso fomentar o empreendedorismo feminino, já que a taxa de desocupação das mulheres é 37,8% maior que a dos homens, segundo a pesquisa do PNAD realizada em 2020. Portanto, o cooperativismo entraria como agente balizador dessa transformação, estruturando uma organização cujo objetivo é capacitar jovens em: costuraria, gestão, finanças, vendas e empreendedorismo.

Além disso, segundo uma pesquisa realizada pela McKinsey, a demanda de empregos que exigem nível superior vai aumentar nos próximos anos; por isso, é imprescindível o desenvolvimento de um núcleo de financiamento de estudos, aonde parte dos lucros da cooperativa seria destinado para as cooperadas de baixa renda que possuem alto desempenho escolar como incentivo à realização de uma graduação e especializações.

Em síntese, é preciso fornecer estrutura e empoderar as jovens mulheres de baixa renda para ascenderem socialmente. Deseja-se impulsionar outras Marias, não apenas a se tornarem costureiras, mas a se tornarem executivas. Deste modo, a cooperativa de costureiras é um projeto feito delas para elas, com o intuito de gerar fundos a fim de transformar essas realidades, dando combustível para o empreendedorismo e principalmente para o protagonismo feminino.