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CAMMINUS | rotas de portugal

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Design, Sociedade, Cidadania
O Pedristrinismotambém conhecido como caminhada ou trekking, trata-se de uma actividade física multifacetada ligada às áreas do desporto, do turismo e do ambiente, podendo ser definido como o desporto
de andar a pé, percorrendo caminhos ou trilhos, tradicionais ou históricos, geralmente no meio da natureza,
mas também em meios urbanos.
"Mesmo uma jornada de milhas de quilómetros começa com um só passo"
Lao Zi, filósofo chinês (604 - 531 a.C.)
Esta actividade, com uma personalidade própria, (um movimento cultural e de lazer para grandes públicos) torna-se então uma actividade associada ao montanhismo e ao excursionismo, com a criação em França destes Percursos de Grandes Rotas (GR). Actualmente esta prática pode ser feita em percursos não sinalizados no terreno ou em itinerários balizados por Grandes Rotas (GR) ou Pequenas Rotas (PR). A implantação destes percursos chega a Portugal nos anos oitenta.

Pelo facto de ser praticado na natureza, o pedestrianismo proporciona uma interacção que incentiva a observação desse meio, levando a um maior conhecimento dos valores que a rodeiam, a geologia e a geomorfologia, a fauna
e a flora, a história e a arqueologia ou a arquitectura e o artesanato, as possibilidades são inúmeras, o que deve contribuir para promover o seu respeito, através da sensibilização e educação ambiental e cultural. É preciso portanto ter uma visão e actuação ecológica nestes espaços. Na génese do termo Ecologia estão as palavras gregas oikos, que se traduz por “casa”, e lógos, que significa “estudo”. A Ecologia é, assim, o ramo da Biologia que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente, com o qual interagem. Pedestrianistas somos todos nós, e se assim é, todos temos de ter presentes princípios que levem a um maior equilíbrio e respeito dos nossos ecossistemas. Estes princípios encontram-se quase totalmente sintetizados na frase, que deve ser um lema para todos os pedestrianistas:
 
“Não deixe mais que pegadas, não leve mais que memórias e fotografias.”
 
A diferença que distingue o pedestrianismo de outras actividades similares, é que decorre por caminhos intitulados de Percursos Pedestres previamente sinalizados com vista a facilitar a prática, com marcos e códigos internacionalmente conhecidos e aceites, que têm por finalidade conduzir os praticantes, de forma a que estes não se percam e levando-os ao encontro de pontos de interesse sem que prejudique o espaço envolvente. Estas rotas são portanto os estádios para a prática do Pedestrianismo. Actualmente em Portugal existem cerca de 65 Pequenas Rotas e 14 Grandes Rotas.
As quatro primeiro marcas assinalam as PR. A primeira indica em que rota estamos, neste caso é a Pequena Rota numero 6 de Idanha-a-Nova. A marca seguinte significa que estamos no caminho certo, a terceira marca indica quais
os caminhos errados, e as outras duas sinalisão mudanças de direcção à esquerda e a direita respectivamente. As marcas a branco e vermelho assilam que estamos perante uma GR. Neste caso é a Grande Rota número 12, Europeia número 7. As três ultimas marcas de três cores, significam que existem sobreposição temporária de duas rotas, uma PR e uma GR.
porque?
Muitas das rotas existentes em Portugal carecem de cuidados de divulgaçãoMuitos praticantes de 
pedestrianismo ou BTT nem sequer sabem da existência destas rotas demarcadas e praticam as suas actividades em locais que prejudicam os ecossistemas, locais perigosos ou por locais sem tanto interesse como os locais que 
as rotas percorrem.
 
Também não é em todas as rotas que existe promoção das suas riquezas individuais, pouca informação disponível, quando existe, e a pouca que existe por vezes não é direccionada aos públicos mais interessados
pelos temas das mesmas, exemplos são as rotas de avistamento de espécies, fosseis, monumentos, caminhos históricos, etc. 
 
Existe também uma falta de coerência nos panfletos informativos que alguns percursos possuem, o que se pode transformar numa falta de credibilidade, pois os responsáveis pela divulgação destas rotas são diferentes instituições, como câmaras municipais, etc. 
 
Outro problema que atinge as rotas de um modo geral, é o seu estado de conservação, tanto a nível de segurança como de sinalética. Vitimas de vandalismo, por vezes as marcações deixam de existir ou ficam danificadas. No verão os fogos florestais também as deixam impossíveis de serem vistas. No inverno com
as chuvas por vezes os caminhos ficam impróprios para uma actividade segura, devido a erosão dos solos
ou a queda de árvores. Esta mau estado das rotas pode também existir pelo uso endivido das vias. Após estes cenários as rotas ficam carentes de manutenção, algo que muitas vezes não acontece, deixando-as em mau estado de conservação, não estando portanto reunidas as condições para se percorrerem sem riscos.
o que?
É necessário portanto dar a conhecer estes percursos pedestres a quem não conhece, facilitar a pesquisa
de rotas a quem já conhece, olhando para a necessidades e interesses de cada um, através da divulgação
de diferentes tipos de informação. Melhorar a comunicação tanto a nível teórico de cada rota como a nível formal, com vista a incentivar a utilização e conservação dos percursos. Tudo isto através da criação de uma identidade “CAMMINUS - rotas de portugal" que iria gerir todas estas necessidades.
para quem?
Pretende-se portanto atrair públicos que puderam de alguma forma estarem relacionados com os temas das diferentes rotas, como biólogos, geólogos, ilustradores, fotógrafos, etc. Também se pretende incentivar os praticantes de pedestrinismo, BTT, corrida ou equitação que não usufruíam ou que nem sabiam
da existência destes percursos. Tendo como objectivo também atrair turistas e famílias que querem desfrutar a natureza ou conhecer os nossos monumentos de uma maneira mais saudável.
como?
Posto isto, para corresponder a estas necessidades é necessária a criação de um site de plataforma de pesquisa e informativa das rotas nacionais, hierarquizando e caracterizando a informação consoantes as necessidades e os interesses do utilizador, com vista a facilitar a escolha da rota ideal para o que o utilizador pretender. Inclui também informações de fauna e flora, entre outras, sobre cada rota.
 
Com o intuito de incentivar a utilização das rotas, iria-se criar um roteiro dos Percursos Pedestres de Portugal, ou uma compilação de diversos roteiros consoante os distritos e os Parque Naturais nacionais. Este roteiro, para além das informações das diferentes rotas, serviria também para o utilizador carimbar as rotas que já tinha feito, desafiando-o o completar o roteiro. Neste roteiro poderia colocar também as fotos, desenhos e outro tipo de experiências da aventura.
 
De modo a que existi-se uma coerência na linguagem e no modo como se facultava a informação,
redesenhar-se-iam os panfletos desdobráveis dos percursos, tornando-os também mais apelativos e com
a informação mais sintetizada.
 
Numa aplicação para telemóveis poderia-se descarregar o mapa das rotas com todo o tipo de informações sobre a mesma. Também poderia-se partilhar fotos on-line geo-localizadas no mapa de cada rota. Teria também informação mais detalhada no local com um código QR sobre algum tipo de vegetação, dado histórico ou arquitectónico. Nesta aplicação, poderia-se também partilhar informação sobre o tempo realizado por quem vai praticar corrida ou BTT. Serviria também para fazer denuncias geo-localizadas, por exemplo, de mau estado do percurso ou de despejos de lixo.
 
Toda esta coerência entre site, roteiro, desdobráveis e aplicação movel iria tornar toda a informação mais credível. Posto isto, este projecto iria por si só incentivar a homologação de outros Percursos Pedestres, passando a cumprir assim todos os requisitos, tornando-as mais seguras e credíveis.
 - site -
- desdobrável frente-
- desdobrável verso -
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Projecto de finalistas de Design de Comunicação

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