De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas) o tráfico de animais é causado pela retirada dos seres de seu habitat e movimenta o comércio da caça ilegal. É uma das atividades mais lucrativas do planeta, podendo lucrar mais de R$1,5 milhão por ano somente no Brasil.

Apontados como principais causas o desmatamento, urbanização e poluição, o tráfico de animais tem como alvo as aves representando 80% todas as espécies comercializadas.

Conforme dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), aproximadamente 90% dos animais silvestres morrem logo depois de retirados de seu habitat. Os animais que apresentam comportamento amigável são os preferidos no momento da compra. Micos, papagaios, araras e peixes ornamentais são os mais vendidos. Os valores variam, quanto mais raro for o animal maior o seu preço de venda no mercado.

Embora muitos dos animais capturados dentro do território brasileiro sejam destinados a comercialização fora do país, é muito maior sendo 95% apenas para animais silvestres. São capturados ilegalmente e vendidos dentro do Brasil.

Os animais, depois de capturados, são submetidos a várias práticas agressivas durante o transporte para os centros consumidores. Como por exemplo o papagaio, é sedado e escondido em tubos de PVC no fundo de uma mala, as cobras são presas em meias de nylon, vários animais são covardemente dopados.

As principais rotas são as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Mas os problemas dessa prática atingem também os seres humanos, pois micro-organismos presentes nos animais silvestres podem causar o surgimento de doenças e sua disseminação entre a população.
Portanto, o tráfico de animais é um ato ganancioso, com consequências drásticas para os animais silvestres e os animais ditos “racionais” que participam desse crime à vida.

Em razão da imensa biodiversidade brasileira, o país é um dos principais alvos do tráfico de animais, contribui com 10% dos bilhões de dólares arrecadados com a atividade. Além da grande variedade de espécies (peixes, aves, insetos, mamíferos, répteis, anfíbios, entre outros) e outro fator que contribui para essa prática no país é a falta de fiscalização e de punições severas. Traficantes são presos em flagrantes várias vezes com diversos animais, no entanto, pagam fiança e respondem processo em liberdade.