Apresentando para vocês o projeto de jornalismo investigativo de criação de um site multimídia estruturado e com designs feitos por mim. O material contido no site são de autoria de Khevelly Barsotti, Mário Jorge de Almeida, Jefferson Zuleger, Milene Martins e Layanni Roberta.
MI - NU - TI - AE
Uma palavra derivada do latim que significa e espelha verdadeiro significado de esforço, dedicação e o objetivo neste projeto sobre A Má Fé. Queríamos mostrar em poucas palavras como o nosso trabalho pode ser diferente do que é o mais comum na mídia sobre charlatanismo e estelionato na fé, destrinchar esse tema em vários segmentos e perspectivas, apresentando ao público relatos de vítimas enganadas por líderes gananciosos. Assim, encontramos o “Minutiae”, cujo o significado literal é “minúcias” porém, assim como a saudade, que não pode ser explicada, apenas sentida, nos identificamos com o significado poético:
“Os pequenos e precisos detalhes que tornam algo único; os pontos mais delicados e sutis”
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O TEXTO INTRODUTÓRIO
Buscando a introdução ao tema Má Fé por um jornalismo literário, o texto introdutório tem como objetivo apresentar vitimas e o informar sobre o ilegal na situação de charlatanismo e estelionato.
por Layanni Roberta
Na pessoa enganada, a crença. Na crença, a fé. Fé de algo novo, fé de querer saber até onde sua crença pode te ajudar.
No charlatão, o ego. No ego, a ganância. Ganância de sempre querer mais, e ganância de crescer o seu ego enganando fiéis.
“Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível” (Charlatanismo - Art. 283 - decreto de lei n° 2.848)
Um charlatão procurando por mais um caso de desespero e fragilidade a cada vez que seu centro de culto abre é mais comum do que em um ataque de ansiedade, o fiel por não ter mais pra onde correr, chorar até dormir. Mas quem engana nunca sai totalmente impune: a cada ano que passa, mais vítimas fazem denúncias contra falsos profetas. Já dizia Djonga (rapper mineiro), em O Cara de Óculos “É a Bíblia da rua, falsos profetas vão te rodear, e quando souberem que você se ama, eles vão começar a te odiar.”
Num ato de extremo desespero, buscando uma luz, uma libertação, uma resposta, Rafaela então com 16 anos, mãe adolescente desempregada passou a frequentar, pela influência de sua família, uma igreja de grande nome, conhecida por muitos brasileiros como “a única que libertava”.
Semestralmente, fiéis desse local de culto são convocados a participarem da “Fogueira Santa”, na qual o único convite é doar o seu tudo, literalmente, tudo que você tem, é “um sacrifício para Deus em busca de algo maior”. E ela entrou nesse local bem na época desse grande acontecimento tão cativante. Os líderes religiosos sabiam pedir suas doações muito bem e mostravam testemunhos de conquistas.
“Quando a gente tá muito desesperado, precisando de fato de um milagre, de alguma coisa e quando a gente tem fé em Deus e vem um pastor que a gente entende como um mensageiro dele, é muito convincente. Eu acredito que eu fui usada, que a minha fé foi usada, porque eu estava muito desesperada e eu sempre tive fé em Deus. (...) a palavra que define agora o que eu sinto mesmo, é asco, nojo.” - Rafaela, 21, ex-fiel da Igreja Universal do Reino de Deus
A vítima vendeu um celular e doou o pouco dinheiro que tinha no momento para a igreja, esperou por muito tempo uma resposta ou um sinal de algo divino, mas entendeu depois a lavagem cerebral que havia sofrido, a forma opressora do líder religioso não afetou apenas ela, mas pessoas conhecidas da vítima que eram induzidas veemente a passar por provações da sua fé doando até a moeda de 5 centavos que poderia ter sobrado no seu bolso.
“Estelionato é o ato de obter para si ou para outro uma vantagem ilícita em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém a ele” (art. 171 - decreto de lei nº 2.848)
Com palavras simples e discurso carismático, o crime de estelionato está presente nas casas de louvor de muitas religiões. Líderes de grande nome no meio evangélico, católico, umbandista, espírita, de todas as religiões, usam seu poder, artimanhas e vantagens ilícitas para causar prejuízo e temor nas vítimas que tampouco são notadas.
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IDENTIDADE VISUAL E ALGUMAS ARTES DE CAPA
Demais produções como infográficos, podcast, documentário, podem ser encontradas em grupominutiae.wixsite.com/amafe. O desenvolvimento do projeto segue para criação do Trabalho de Conclusão de Curso do grupo Minutiae.
