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TICs - Tecnologias da informação e comunicação

Autora: J. BERNARDINI

TICs - Tecnologias da informação e comunicação

As Tecnologias da informação e comunicação refere-se a comunicação por meios tecnológicos. Neste artigo, procuraremos entender como esses meios estão atuando no ensino específico das Artes Visuais. Quero salientar que mesmo os professores sabendo como utilizar as TICs, é necessário que possam se manter atualizados em seus estudos e respectivamente ao surgimento de novas tecnologias de ensino para repassar aos seus alunos, pois estamos em um momento histórico de transição.

“É preciso compreender o presente não apenas como presente de limitações, mas como presente de possibilidades.” Paulo Freire

Nas TICs, expressão que indica o papel da comunicação seja, via cabos ou não, Wi- Fi, telas, bluetooth, com meios técnicos que inclui hardwares, softwares, redes, celulares, tablets, apps, com memória e muita informação sobre praticamente todos os assuntos. Ter essas possibilidades em mãos dentro de uma sala de aula amplia absurdamente as possibilidades de assimilação, compreensão e atratividade dos alunos. Porém isso deve ser bem programado e direcionado. Esses novos modelos de transmissão de informações interferem e mediam processos informacionais e comunicativos entre alunos e professores. Alunos que ainda estão em formação psicológica e fisiológica.
Se pensarmos em todo avanço tecnológico pelo qual estamos passando, parece até contraditória essa realidade, principalmente se levarmos em conta que, com o avanço do conhecimento científico surgiram novas tecnologias de informação e comunicação que deram origem a um novo modelo social globalizado, hoje denominado como Sociedade da Informação.

O que nos chama a atenção é que essa denominada Sociedade da Informação não se configura necessariamente como sociedade do Conhecimento. Fato que se comprova a partir das problemáticas enfrentadas pelas instituições de ensino. (NAVARRO, 2015, p. 02).

Há pouco anos atrás as tecnologias utilizadas em sala de aula eram giz e lousa ou o quadro negro, enciclopédias, dicionários e livros. Esses foram dando espaço aos projetores depois televisões e hoje temos os computadores caminhando para em futuro bem próximo, os hologramas. O avanço tem se mostrado muito rápido e a transição extremamente importante, ao passo que quem não consegue acompanhar tamanho avanço tem ficado para trás. Gerações que já estão surgindo conectadas estão há um abismo de distância das gerações passadas que se quer conseguem manipular um smart fone. Nos ambientes escolares atualizados já encontramos a diversidade tecnológica com total acesso ao conteúdo virtual para a comunicação, interação e troca de dados.
O ensino de Artes com as mídias nos possibilita uma compreensão estética mais avançada. Onde podemos degustar aspectos em variadas dimensões da realidade. Podemos por exemplo, ao analisar uma obra, entender profundamente o que “aquele artista” queria ou poderia representar, sua vida naquele momento social, o porque que o levou a realizar aquela obra, o contexto da época e o que nos passa nos dias de hoje. Recriando variantes do mesmo adequando a nossa realidade de vida atual.

O jogo das formas e das cores, o jogo das palavras e das imagens, o contraste e a suavidade, são fatores onde se exerce uma função artística. Um cartaz pode, pela beleza, desempenhar, em relação à massa social um outro papel além daquilo que ele tem a dizer. (apud TEIXEIRA, 2005, p. 195).
Hoje em 2019, estamos expostos a imagens que nem sempre sabemos digerir ou assimilar o contexto em sua totalidade. O estudo da Arte por meios tecnológicos nos possibilita expressar sentimentos mais adequados sobre isso. Ensina os alunos a serem críticos e também mais atuantes, pois desmistifica o que antes era apenas habilidade de um artista e hoje sabemos que existem elementos técnicos que nos levam ao mesmo resultado. A sociedade exige cidadãos críticos, mas para isso deve- se investir em professores capazes de atuarem de forma adequada e atualizada. Penso que no Brasil essa iniciativa, em relação às Artes, seja algo ainda no início e pouco explorado.
As tecnologias audiovisuais atuando a telemática, que é a ciência que estuda o uso combinado do computador e meios de comunicação, geram novas formas de se fazer arte. Assim como a propagação das manifestações artísticas realizadas com equipamentos tecnológicos. Como por exemplo, é o caso do Gicleé que particularmente gosto muito e utilizo na realização de alguns painéis em meu Atelier. O Giclée é um neologismo criado em 1991 pelo gravurista Jack Duganne para impressões digitais de artes feitas em impressoras a jato de tinta. Ou seja, posso representar o que eu quiser em uma tela, basta estar em um arquivo. Não precisamos mais passar dias trabalhando em uma pintura a óleo. O tempo, acesso a informação e reprodução de imagens e sua construção via tecnologia mudou a dinâmica em que o artista produz sua obra. Pois temos elementos ativos, onde estamos produzindo, gerenciando e interagindo com conteúdos que nos tem proporcionado mudanças conceituais e culturais reais. Deste modo, as TICs na escola amplia de forma significativa o campo de estudo em Arte, assim como sua produção e interação com as contemporaneidades tecnológicas.
Outra forma de trabalhar com arte são os programas específicos para desenho em computadores com telas maiores, como o Corel Draw, Paint Brush, pacote Adobe que contém o Photoshop, Illustrator, InDesign, Premiere Pro, Creative Cloud entre muitos outros e que contam com vasta possibilidade para criação, todos pagos, mas com versões teste Free. Também temos os programas de softwares livres como o Inkscape, para editoração eletrônica de imagens e vetoriais, onde sua interface gráfica é
 intuitiva e sua curva de aprendizagem é curta e rápida, além de possuir versão em Português. O professor em conjunto com o aluno pode criar cartazes, flyers, panfletos, animações, jogos e até sities onde podem apresentar e representar suas atividades escolares. Podem criar oficinas virtuais com os conceitos de pintura, passo a passo, também colagem com recursos de camadas dos softwares em mesa digital. Temos também a impressora 3D com possibilidades de dimensionar materialmente os conceitos antes abstratos. Enfim as TICs estão aí para inovar o conceito de aprendizagem, focando nas Hards e Soft Skills de cada um, e ativando a meta cognição individual. Basta os professores se atualizarem e se destacarem em um mercado cada vez mais competitivo com tendência a aumentar, já que o aprendizado será constante e além das salas de aula e do diploma de nível superior. Necessitaremos de diplomas mais técnicos e específicos para habilidades ainda inexistentes e a serem desenvolvidas, todas voltadas às novas tecnologias. Gosto de dizer que a humanidade entrou em um novo patamar evolutivo, o Homo Virtualis, em sua segunda revolução industrial.
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