Respiro o teu corpo
sabe a lua‐d’água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
sabe ao sol dos rios,
sabe a rosa‐louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.
Lettera Amorosa, Eugénio de Andrade em Mar de Setembro
Projecto realizado para o Diálogos - Concurso de Fotografia, criado pelo grupo coral e cultural Anima Mea com sede em Vila Nova de Gaia.
O tema do concurso são os diálogos, porque se propõe uma relação entre a fotografia com outras artes como a poesia, subtema desta edição. O objectivo era escolher um entre três poemas de Eugénio de Andrade e deixar a criação comentar o poema e fluir por caminhos improváveis.
A musicalidade ritmada e a ligação que o poeta estabelece com o corpo soaram como uma dança.
Procurei um paradoxo interessante na selecção de uma escultura (elemento estático) para gerar movimento.
A referência à luz (luz mordida) e a uma passagem temporal (amanhecer; cair da noite), foram a minha inspiração para as brincadeiras de luz, sombras e arrastamentos presentes nas imagens que ilustram o poema. As três dialogam também entre elas e parecem formar uma coreografia quando dispostas na horizontal.
O tema do concurso são os diálogos, porque se propõe uma relação entre a fotografia com outras artes como a poesia, subtema desta edição. O objectivo era escolher um entre três poemas de Eugénio de Andrade e deixar a criação comentar o poema e fluir por caminhos improváveis.
A musicalidade ritmada e a ligação que o poeta estabelece com o corpo soaram como uma dança.
Procurei um paradoxo interessante na selecção de uma escultura (elemento estático) para gerar movimento.
A referência à luz (luz mordida) e a uma passagem temporal (amanhecer; cair da noite), foram a minha inspiração para as brincadeiras de luz, sombras e arrastamentos presentes nas imagens que ilustram o poema. As três dialogam também entre elas e parecem formar uma coreografia quando dispostas na horizontal.
